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terça-feira, 6 de novembro de 2012

5 MOTIVOS QUE LEVAM OS EMPREENDEDORES AO FRACASSO

Fracasso: é possível diminuir as chances do seu negócio dar errado

São Paulo – Três em cada dez pequenas empresas brasileiras fecham as portas em dois anos de atividade. Segundo dados do Sebrae, as empresas culpam a falta de clientes, a alta carga tributária, ausência de capital de giro e problemas pessoais, como brigas entre os sócios, pelafalência.
Quem é empreendedor sabe que não existe fórmula mágica para um negócio dar certo. Mas é possível diminuir bastante a probabilidade de falência. Os empresários que sobrevivem aos primeiros e mais turbulentos anos do negócio apontam a capacidade empreendedora, a logística operacional e as habilidades gerenciais como fatores primordiais para o sucesso.
É neste tripé que os empreendedores costumam falhar quando abrem uma empresa. Para Adriano Gomes, professor no curso de Administração da ESPM, desconhecer finanças é um erro comum. “Matéria financeira é tratada como algo superficial, de importância relativa”, diz.
O problema de desconhecer o mercado também acontece com frequência e atrapalha o desempenho do negócio. “Escolher bem o segmento de mercado que vai atuar é importante. Empreendedor tem que se diferenciar. Tem que ter proposta de valor diferente e escolher clientes que queiram isso”, opina Mario Sérgio Kojima, professor de estratégia do Insper. Veja abaixo cinco razões que podem levar sua empresa para o buraco.

1 - Não enxergar o longo prazo
Planejamento é essencial para uma empresa. Saber administrar os movimentos naturais do negócio ajuda a manter a operação saudável. Para Kojima, os empreendedores costumam ter problemas para lidar com projetos de curto e longo prazo. “Os empreendedores não sabem conciliar visão de longo prazo com metas concretas de curtíssimo prazo. O executivo tem ciclo de planejamento de um ano e o empresário de um dia, uma semana”, diz o professor do Insper.

2 - Não ter controle financeiro
Além de desconhecer boa parte dos conceitos de finanças indispensáveis para tocar um negócio, faltam controles financeiros. Gomes explica que as empresas costumam fazer só uma fatia deste controle. “Geralmente, tem planilhas de contas a pagar e a receber e fluxo de caixa. As empresas acreditam que são controles financeiros, mas são controles de tesouraria”, diz.
O controle financeiro deve incluir ainda indicadores de controladoria, que estuda o passado da empresa e mira os resultados que já foram produzidos, como o balanço patrimonial, e planejamento, como o orçamento empresarial do ano.

3 - Perder o senso de realidade
Uma das principais características dos empreendedores é o otimismo. Acreditar que sua ideia vai dar certo e arriscar-se são atitudes que costumam levar à abertura de uma empresa.
O problema é quando isso extrapola a realidade. “Precisa ser otimista, mas precisa ter senso de realidade. É preciso ter um autodomínio para não criar uma fantasia e falar para o consumidor o que não pode entregar”, afirma Kojima.

4 - Confundir CPF e CNPJ
Uma razão clássica para o fracasso é misturar as contas da empresa e as despesas pessoais. “Nas pequenas e médias empresas, confunde-se o CPF com o CNPJ e as despesas pessoais do proprietário são pagas com o dinheiro da empresa”, diz Gomes.
Se a empresa for optante do regime tributário lucro real, isso, muitas vezes, gera um gasto maior com impostos. A orientação é ter um pró-labore estabelecido e usar estas retiradas para pagar as contas pessoais.

5 - Buscar o produto perfeito
Segundo dados do Sebrae, os empreendedores passam sete meses planejando um negócio antes de oficializar a abertura. Este período é crucial, mas pode ser uma razão para o fracasso. O professor do Insper explica que gastar muito no desenvolvimento de um produto e demorar em lançá-lo pode ser um problema. “Muito gastam mais dinheiro e mais rápido do que deveriam, gastando muito tempo e recurso com o produto perfeito. Não tem produto perfeito. Precisa lançar o produto no timing correto”, afirma.
Para Kojima, queimar todo o caixa em busca da perfeição não vale a pena. “O produto vai se desenvolvendo após o lançamento no mercado”, diz.

Priscila Zuini Exame.com

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