"Excelência em gestão"

Empresa especializada em consultoria empresarial, treinamentos corporativos e reestruturação organizacional de micros, pequenas e médias empresas

sexta-feira, 26 de julho de 2013

5 ERROS FATAIS QUE AS STARTUPS COMETEM NO PRIMEIRO ANO

As startups estão muito ligadas ao princípio de tentativa e erro. Para os especialistas neste tipo de negócio, testar e validar premissas, receber feedbacks dos consumidores e ajustar aos poucos o projeto é um processo essencial para construir uma empresa com potencial para crescer.

Os erros, portanto, são em certa medida aceitáveis no começo da empresa. Mas, se não foram corrigidos a tempo, vão acabar com o negócio. “O primeiro ano de qualquer startup é quando você vai validar uma série de premissas. É a fase da descoberta. Você idealiza, mas na hora que põe na prática vai aparecer um monte de imprevistos”, diz Cassio Spina, investidor e presidente da associação Anjos do Brasil.

Ir ao mercado com muita sede
Este é um problema comum em startups que já começam com muito investimento.Antes de fazer todas as validações de mercado, a empresa chega ao mercado com uma estrutura muito grande. “Vai para o mercado com muito apetite, mas tem coisas que não sabe se é o que o consumidor quer. Você cria uma estrutura para atender uma grande demanda e não tem aquela flexibilidade das startups”, indica Spina.

Não ouvir o cliente
Ser muito enxuto e ter em mente a importância dos testes para a empresa é primordial. Para isso, a opinião do usuário precisa ser ouvida. “Tem que testar e ver qual é a reação do cliente. Na hora que começar a sentir que está tendo uma aderência e o cliente está gostando, aí pode começar a escalar o negócio e fazer investimentos mais elevados”, diz o especialista.

Demorar muito para reagir
Não adianta ouvir a opinião dos consumidores sem aproveitá-la para melhorar o negócio. “Demorar muito para reagir com os feedbacks que os clientes dão é um problema”, afirma Spina. Depois de lançar o produto, entenda o quanto o público-alvo está realmente interessado, como ele avalia a utilização e a forma de pagamento e quanto ele está disposto a pagar.

Não ouvir outras opiniões
Quando sentem que tiveram a idéia perfeita, muitos empreendedores se prendem em uma bolha e deixam de ouvir a opinião de outras pessoas. “O empreendedor fica tão convicto a ponto de não estar aberto a ouvir mentores, investidores ou clientes”, explica. “Validar é uma forma de ouvir. É interessante usar a experiência das pessoas a sua volta que podem evitar que você gaste tempo e dinheiro em uma coisa que pode dar errado”, conclui. Por isso, busque informação e escute o maior número de pessoas que puder.

Não ter um pitch 
Os problemas com a definição e a forma como você vende sua ideia podem ser graves. Além de afastar os investidores, um pitch mal feito pode também confundir o cliente. “Geralmente, os erros de pitch acontecem não porque ele é ruim, mas porque não entendeu certa coisas deste mercado”, diz Spina. Impressionar o investidor a qualquer custo, inventando dados, por exemplo, pode ser fatal para a startup.

Editado por: Priscila Zuini Exame.com

ESTOU CONTRATANDO AS PESSOAS ERRADAS?

Muitos empreendedores consomem bastante tempo, recursos e energia na contratação de seus colaboradores e, mesmo assim, ficam em dúvida se estão procedendo corretamente. Existem alguns sinais que indicam quando você contrata as pessoas “erradas”. Vamos a eles:

1. Os funcionários têm atitudes ruins 
As principais razões que levam as empresas a demitirem seus funcionários estão mais relacionadas a problemas comportamentais do que à falta de conhecimentos técnicos. Ou seja, não adianta a pessoa ter ótimo currículo, mas apresentar atitudes negativas como dificuldade de trabalhar em equipe, indolência ou arrogância.

2. A equipe tem uma alta rotatividade
Um dos indicativos mais explícitos de contratações equivocadas é a alta rotatividade de funcionários. Se você contrata pessoas que não têm valores compatíveis com os de sua empresa, certamente, em pouco tempo, elas se sentirão desestimuladas e pedirão demissão ou serão demitidas.

3. Excesso de conflitos
Se você é muito competitivo, tenderá a contratar pessoas assim. O problema é que esses profissionais tendem a gerar muitas disputas, conflitos por razões banais e um clima ruim que acabará gerando descontentamento e má vontade de cooperar por parte de outros funcionários mais pacatos.

4. Entrega maus resultados
Contratar pessoas apenas porque são simpáticas ou indicadas por parentes e amigos sem checar se elas realmente têm qualificação para exercer o cargo com competência costuma gerar resultados ruins. Tome muito cuidado para não contratar alguém “bonzinho”, mas incompetente.
Uma entrevista mais profunda, além da checagem detalhada do histórico do profissional, detectará atitudes negativas ou falta de afinidade do candidato com o estilo de sua empresa. A personalidade de um adulto normal é relativamente estável e, portanto, previsível. Invista tempo na seleção e você alcançará resultados muito melhores na contratação de seus futuros colaboradores.
Eduardo Ferraz é especialista em gestão de pessoas, palestrante e consultor

DEZ REGRAS DE LIDERANÇA PARA O CEO MODERNO

Sob a ótica do conceito “Job To Be Done” - criado por Clayton Christensen, consiste na busca resultados claros e específicos baseados numa equipe correta, qualificada e envolvida da forma adequada com o seu líder - a consultoria DOM Strategy Partners, após ouvir 93 CEOs, listou as regras de comando do CEO moderno.
Líderes como Roberto Setubal (Itaú), Cledorvino Berlini (Fiat), Enéas Pestana (Grupo Pão de Açucar), Rômulo Dias (Cielo) e Alessandro Carlucci (Natura) participaram da pesquisa que abordou temas como “Quais as principais tendências no quesito liderança?”, “Quais são suas habilidades, atribuições e responsabilidades mais demandas no dia a dia?” e “Como liderar atualmente?”.
Assim, Daniel Domeneghetti, CEO da consultoria, listou os dez "mandamentos" para apoiar e orientar as modernas linhas de gestão. Confira:

Dedicação e Foco – Bons líderes sempre fazem algo que contribui para o alcance dos objetivos organizacionais ao mesmo tempo em que inspiram os demais a fazer o mesmo. As pessoas que comandam são orientadas a resultados, objetivos, metas e nunca tiram folga, mesmo estando de folga. Líderes exigentes estabelecem metas superiores porque sabe que seus liderados podem sempre entregar mais. Bons líderes têm senso de propósito, finalidade e, sobretudo, de urgência quando demandado.

Integridade e Confiança –A integridade do líder se relaciona à honestidade, credibilidade, transparência, coerência, sólidos princípios morais e à percepção de confiança. O bom chefe adota, abraça, divulga e executa as melhores práticas de Governança Corporativa baseadas nos Códigos de Conduta e de Responsabilidades, tanto como Civil, Trabalhista e Ambiental. Além de manter a palavra, respeitar contratos e acordos, seguindo as regras definidas por ele – ou precedentes a ele. Líderes não traem a si próprios e aos outros, não aceitam traição ou motim. Por mais duras que sejam as medidas a serem tomadas, sempre as tomam quando necessárias, mesmo que pessoalmente não gostem disso.

Visão de Futuro Inspiradora + Conhecimento Profundo de Realidade Presente – O líder deve ter capacidade de compreender a situação atual, suas forças, fraquezas, riscos e oportunidades, tendo um claro senso de direção e preocupação para o futuro da organização e de seus membros. Além do presente, os comandantes devem ser capazes de prever o futuro, antecipando os desafios, ao mesmo tempo em que estão dispostos a quebrar paradigmas para chegar no resultado esperado. Líderes são guardiões da Visão, da Missão, dos Valores e das Marcas Corporativas.Lição dos líderes: ninguém chega a algum lugar se não sabe onde está.

Visão Compartilhada com Responsabilidade Pessoal –Líderes não são os únicos com visão e opinião e tampouco são profetas com “revelações divinas”. Por isso, o atual líder é capaz de promover uma visão compartilhada com a sua equipe durante os processos decisivos. Os cargos de confiança são chefiados por líderes modernos, habilitados para dar forma e sentido às aspirações e desejos de seus liderados. Líderes vencedores assumem a responsabilidade pelo momento crítico, pela decisão importante, pelo voto final e motivam seu pessoal a darem a milha extra, se necessária. Os líderes fortes não delegam representatividade ou responsabilidade que lhes pertença.

Criatividade, Flexibilidade e Diversidade – Valorizar a criatividade, a habilidade que se traduz em pensar diferente e desafiar preconceitos que se limitam às soluções existentes é outro elemento que faz parte do cotidiano do atual líder. Chefes inteligentes ajudam seus liderados a encontrarem a melhor solução possível existente. Para os líderes, a criatividade os permite enxergar coisas onde os demais não enxergam. A pergunta mais importante que o líder deve fazer é: “E se...?”. E a segunda mais importante é “Por que não?”. Entretanto, o bom líder sabe que deve aceitar a diversidade para encontrar a criatividade numa cesta maior de opções e alternativas. O líder moderno entende que deve dar aos colaboradores espaço e flexibilidade para os “comos”, sem, contudo, abrir mão dos “o quês” .

Comunicação Clara e Intermitente – Grandes líderes são hábeis em comunicar de forma clara e intermitente suas visões, objetivos, intenções e expectativas. Líderes que dialogam face a face com os seus liderados, garantindo 100% de correção na mensagem passada, estimulam a equipe. Além disso, possuem uma grande capacidade de ouvir e interpretar o que os demais estão comunicando, tanto de forma consciente, como inconsciente. Outro ponto é que quanto mais se comunicam mais sabem lidar com a diversidade.

O Trabalho em Grupo e os Diferentes – Nenhum líder em toda a história realizou algo sozinho. Por isso que, cada vez mais, o líder compreende que a colaboração é fundamental. Líderes delegam responsabilidades, missões e tarefas, como também, meios, recursos e autoridade. Líderes justos cobram de forma justa as entregas de seus liderados. Premiam e punem de acordo com o combinado. Líderes do Século XXI privilegiam o trabalho em grupo, mas sabem valorizar as estrelas solitárias e combinam modelos capazes de tratar os diferentes.
Humildade com Respeito – Líderes corretos afastam de si o culto ao ego, ao carisma exacerbado e a imagem de super-homem. Líderes inteligentes não acreditam em todos os elogios que recebem e sabem que quanto mais poder têm, mais “amigos” terão na jornada. Chefes equilibrados entendem que isto é parte de sua condição e não se deixam enganar ou ludibriar. A profissão da liderança relaciona-se, essencialmente, a servir aos outros. E a respeitar os outros e se fazer respeitar. Grandes líderes levam sua profissão a sério; não a si mesmos.

Motivação, Proteção Promoção do Desempenho Superior– Líderes devem ser capazes de proteger e promover aqueles membros da equipe com desempenho superior e/ou que são aptos a manter a organização prosperando. O funcionário com desempenho inferior e visão unitária (adepto da mentalidade “mas isso não é a minha função”) deve ser confrontado. Entretanto, líderes eficazes não suportam membros que se comporte de forma inversa aos valores cultuados no grupo e na organização, sendo limados, imediatamente, independente de sua capacidade de entrega e desempenho.

Cuidar Se Importar Genuinamente– Líderes de alto desempenho são abertos, justos, solidários e se importam de forma verdadeira com sua equipe, sabendo reconhecer os reais méritos. Igualmente, líderes justos punem, independentemente de quem seja, aqueles que não entregam Valores Corporativos e/ou resultados esperados. Há líderes passionais pelo que fazem e se importam com o que estão fazendo; mas são frios e profissionais em sua condução, planejamento, gestão e correção de rotas. Já os eficazes gostam de planejar, mas gostam, ainda mais, de executar e seguir seu cronograma. Se o líder não ama o que faz, tampouco sua equipe amará.

Por redação Voce S/A RH.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

MELHORE SUA PÁGINA NO LINKEDIN

A maior rede social corporativa do mundo abre espaço não somente para pessoas que buscam ampliar seu networking e promover suas habilidades profissionais, mas também para empresas que desejam angariar clientes e, claro, possíveis funcionários. Mesmo sendo o terceiro país com mais usuários no Linkedin (mais de 11 milhões, segundo dados da própria rede social), o Brasil tem explorado timidamente suas possibilidades no que diz respeito a promoção de organizações.
Confira algumas dicas para aprimorar sua página e explorar ao máximo as ferramentas oferecidas.
Prepare sua página: Não esqueça que este será o cartão de visitas de sua empresa no Linkedin, portanto é necessário surpreender o usuário. Destaque suas habilidades e divulgue todos os seus canais de contato. Como você vai representar uma empresa, é importante criar uma página na rede social, ao invés de um perfil.

Produza conteúdos relevantes: Uma vez publicada, sua página deve se manter atualizada. Divulgar notícias relacionadas a sua área e novidades de seus produtos ou serviços é fundamental, não só para aumentar seus seguidores, mas também para mantê-los. Outra estratégia é divulgar vagas que estejam em aberto, desde que sejam bem esclarecidos os requisitos e funções. Aproveite também a ferramenta de divulgação de eventos.

Conte com seus colaboradores: Incentive sua equipe a aderir ao Linkedin. Além de se mostrarem vinculados à sua marca, é importante que suas recomendações também apareçam. Os funcionários podem ajudar a recomendar os produtos de sua marca, que devem estar devidamente cadastrados na aba de produtos. Desta forma, os prospects terão uma noção de como é trabalhar em sua empresa e quais vantagens seus produtos ou serviços podem trazer. É interessante também ser recomendado por clientes que realizaram trabalhos e projetos com sua marca.

Faça anúncios: Explore a possibilidade de comprar anúncios direcionados a públicos específicos, segmentando o conteúdo. Sua empresa pode promover uma vaga estratégica, um resultado significativo alcançado, um prêmio conquistado, um evento importante ou mesmo um lançamento de produto ou serviço. Apenas não se esqueça de mensurar o resultado final para identificar se o retorno sobre o investimento (ROI) foi positivo.

Esteja presente: É importante que sua empresa considere a opinião de seus seguidores, respondendo e questionando usuários sempre que possível. Esteja presente em fóruns de discussão no Linkedin. Explorar a especialidade de sua marca e preparar discursos engajados pode ser uma boa estratégia de marketing.
Lucas Diniz é analista de social media marketing da agência Cadastra Envie suas dúvidas com a palavra redes sociais no assunto da mensagem para examecanalpme@abril.com.br

quarta-feira, 24 de julho de 2013

EMPREENDEDORISMO - 5 PRÁTICAS "INOFENSIVAS" QUE ACABA COM O SUCESSO DA EMPRESA

Tudo o que está listado abaixo já aconteceu na sua empresa. O problema é que, por trás de um procedimento aparentemente inofensivo, pode estar um grande dreno do sucesso de qualquer negócio. Focados em grandes números e processos, muitos executivos descuidam-se de detalhes que ameaçam tanto os resultados quanto os rivais. É o que afirma o consultor Fernando Macedo, da Expense Reduction Analysts (ERA), especializada em redução de custos.

Veja cinco erros internos que podem atrapalhar o desenvolvimento de uma corporação:

Relatórios imprecisos
Segundo Fernando Macedo, relatórios pouco claros são uma armadilha. Encaixam-se aí os enxutos demais  – aqueles que apontam apenas um número final, sem maiores explicações sobre como ele foi obtido; relatórios muito longos e genéricos, sem foco; e até os“enlatados”  – com espaços em branco pré-definidos a serem preenchidos e que acabam por carregar vícios, já que não consideram mudanças de cenário.
“O objetivo de um relatório é servir de base para que o gestor tome decisões. Se não é possível enxergar isso no documento, é melhor não fazer”, diz Macedo. De acordo com ele, para fugir desse problema é preciso inverter a lógica: pensar primeiro em para quê vai servir relatório e quais decisões serão tomadas com base nele, para depois elaborá-lo.

A “caixinha” 
Para Macedo, ter uma reserva de dinheiro para cobrir eventuais despesas extras, a tradicional “caixinha”, é uma prática incorreta. Isso porque emergências deveriam estar previstas em planejamento. De acordo com ele, essa reserva de destinação incerta pode, na verdade, encobrir uma preguiça de preparar um processo interno regular para determinada despesa. “Como é uma questão da eventualidade ou emergência, qualquer tipo de gasto pode entrar.” 

Custos urgentes
Emergência é emergência: não dá para prever e pode acontecer em qualquer companhia. Macedo afirma, porém, que quando custos urgentes se tornam frequentes, é sinal de que algo está errado. “Tudo que é urgente é mais caro. A urgência precisa ser justificada, deve ser uma exceção. Não pode ser regra”, destaca.
“Gasto inercial”
Esse gasto, segundo Macedo, “é o que acontece porque sempre aconteceu”. Custos com viagens, por exemplo, podem se tornar inerciais, quando não sofrem revisões. “Não basta atualizar só as faixas de valor. Tem que rever toda a política. Se uma empresa tiver gestores que questionem os gastos do dia a dia e busquem melhores práticas, às vezes é possível encontrar alguma coisa já disponível que diminua os gastos”.
Medo de ter o orçamento reduzido
De acordo com Macedo, muitos departamentos não revisam orçamentos pelo simples medo de revelar que poderiam receber uma verba menor. “O orçamento é como se fosse a principal bandeira do gestor e ele pensa que pode perder o poder se ele for menor”. Dessa forma, segundo ele, gastos não são cortados porque administradores pensam que devem gastar todo o orçamento disponível. Pode ocorrer ainda de o gestor deixar de negociar melhores preços com fornecedores quando o oferecido cabe no orçamento, ou até mesmo estimar custos acima do real, receoso de que haverá cortes quando a verba for liberada.

Luisa Melo Exame.com

EMPREENDEDORISMO - COMO CRIAR UM NEGÓCIO DE ALTO IMPACTO

São Paulo – Você sabe o que é necessário para se tornar um empreendedor de alto impacto? Ter brilho nos olhos, sonhar grande e ter capacidade para inovar são algumas características que diferenciam os empreendedores de sucesso.
Com base em uma pesquisa com 55 empreendedores em 11 países, a Endeavor lançou o seu primeiro e-book “5 conselhos para se tornar um empreendedor de alto impacto” com dicas para quem deseja se destacar no empreendedorismo.  
O empreendedor de alto impacto é aquele consegue identificar vantagens competitivas em um mercado e cria uma empresa com base nos seus conhecimentos. Buscar uma ideia extremamente inovadora não é sempre o principal caminho, segundo a instituição.
Outro conselho do e-book é de sonhar grande, mesmo começando com um pequeno negócio. Facebook e Google, por exemplo, começaram como startups atuando em mercados locais. Hoje, o crescimento atingiu um nível global.
Segundo dados da Endeavor Insight, muitos empreendedores de alto impacto nunca escreveram um plano de negócios. Por isso, para quem deseja começar um negócio, é importante não se deixar prender a esse documento.
Para ter acesso aos outros conselhos, é possível fazer o download do e-book gratuitamente no site da Endeavor.

Camila Lan - Exame.com

EMPREENDEDORISMO - PARA EMPREENDER, COMECE PEQUENO, MAS SONHE GRANDE

As startups mais admiradas dos dias de hoje – os Facebooks, Googles e LinkedIns do mundo – são empresas globais que começaram em mercados locais. Mark Zuckerberg começou o Facebook em um nível bastante local, testando o conceito original na Universidade de Harvard. Com o tempo, o Facebook cresceu nacionalmente, e depois globalmente. Hoje, a rede social tem mais de 800 milhões de usuários ativos, dos quais mais de 75% vivem fora dos EUA.
Reid Hoffman, fundador e presidente do LinkedIn, falou sobre a importância de “Começar pequeno, mas sonhar grande” no Endeavor Entrepreneur Summit em São Francisco.
“É claro que você pode mirar em um alvo maior, porque você pode acabar com algo menor de qualquer forma. E parte da razão de isso ser uma regra no empreendedorismo é porque se você não começar mirando alto, quase nunca vai conseguir chegar lá. Tem que ser assim: ‘Como posso ter um impacto global?’. Eu acho que todas as empresas de alto impacto devem pensar em escala global por natureza hoje em dia, por causa da forma como o ecossistema do mercado funciona. Aí você pensa ‘OK, como eu posso entrar nesse jogo?’. Um dos maiores desafios é como construir algo muito forte com o foco local e então partir para o jogo global. Por exemplo, nós lançamos o LinkedIn com 13 países na lista, e acho que completamos todos os países em 4 meses, porque para cada pessoa que reclamava que seu país não estava na lista, nós o adicionávamos.”
Uma pesquisa da Endeavor mostra que a maioria dos empreendedores de sucesso começou localmente, mas planejou em escala global.
Entre os melhores empreendedores entrevistados – aqueles cujas empresas cresceram em média 20% ou mais nos últimos três anos – 74% focaram em ter sucesso localmente no começo, para conseguirem aperfeiçoar os aspectos mais fundamentais dos seus modelos de negócios. Mas aspiravam tornar suas empresas globais e desenharam seus negócios de uma forma que fosse possível expandir globalmente no futuro.
Quando a Empreendedora Endeavor colombiana Lilian Simbaqueba fundou a LiSim em 1996, ela sabia que teria de expandir sua empresa além das fronteiras da Colômbia para ter alto impacto.
No começo, a LiSim tinha muitas oportunidades de negócios na Colômbia, então Lilian decidiu focar primeiro em construir um negócio que fosse muito forte no mercado local. Quando a crise financeira atingiu a Colômbia, no entanto, os riscos para o core business da LiSim aumentaram substancialmente. Lilian decidiu que era hora de fazer uma expansão internacional. Um dos clientes da LiSim era um banco no Equador – o que criou um link natural para o novo mercado.
Depois do Equador, a expansão geográfica continuou, na maioria dos casos puxada por clientes e contatos que já existiam. A ACCION International levou a LiSim ao Peru e à Bolívia, e o Banco Mundial a levou para o Egito e África do Sul. Por todo o processo de expansão, Lilian teve de fazer pequenos ajustes no modelo de negócios, mas o modelo original do core business que ela aperfeiçoou na Colômbia permaneceu o mesmo. Hoje, a LiSim opera em 20 países.

Endeavor - Publicado na Exame.com

EMPREENDEDORES - COMO CALCULAR A MARGEM DE LUCRO

Um dos erros mais comuns na administração de pequenas empresas é o foco no mark-up, que desconsidera que a venda de um produto deve remunerar os custos variáveis (que inclui as matérias-primas utilizadas para a produção, no caso de uma indústria, ou o custo de compra de um produto que será revendido, no caso do comércio) e fixos (aluguel, salários administrativos, máquinas, equipamentos etc), além das despesas financeiras.
O foco na análise do mark-up, principalmente na área de vendas, pode esconder uma perda de lucratividade, especialmente em empresas com altos custos fixos ou despesas financeiras.
A lição para os empreendedores é tentar incluir, no cálculo de margens, a parcela de custos fixos operacionais que o preço de vendas deve cobrir. Com isso, chega-se ao conceito de margem bruta, definida como a relação entre o lucro operacional (que considera todos os custos) e a receita líquida (toda a receita da empresa menos os impostos sobre vendas, as devoluções e os abatimentos).
Este conceito abrange todos os custos operacionais, mas também não revela a verdadeira margem, pois uma empresa com muitas despesas financeiras pode apresentar boa margem operacional, mas prejuízo final. Para analisar a verdadeira margem, deve-se olhar a margem líquida, definida como a relação entre o lucro líquido e a receita líquida de vendas da empresa.
Neste caso, teríamos a margem que fica com os donos por cada unidade vendida, em média, pela empresa. Claro que nenhum conceito é perfeito e todos os previamente abordados - mark-up, margem bruta e margem líquida - são úteis, porém é necessário ter sempre em mente as limitações e usos de cada um.
Um exemplo simples mostra como são calculados, de forma geral, os três conceitos, e qual a diferença entre eles. Uma empresa costuma vender 40 mil unidades de um produto a 50 reais (em valores líquidos). Os custos variáveis de produção são de 25 reais por unidade e os custos fixos e despesas operacionais da empresa são de 50 mil reais por mês. Além disso, a empresa apresenta despesas financeiras mensais de 20 mil reais por mês. Dessa forma, teríamos:
Mark-up = (Lucro unitário)/(Custo Variável unitário) = (Preço – Custo Variável unitário)/(Custo Variável unitário) = (50-25)/25 = 1 ou 100%.
Margem Bruta = (Receita Líquida – Custos Operacionais)/Receita Líquida = 200.000 – 150.000/200.000 = 50.000 / 200.000 = 0,25 ou 25%
Margem Líquida = (Receita Líquida – Custos+Despesas)/Receita Líquida = 200.000 – 170.000 / 200.000 = 30.000 / 200.000 = 0,15 ou 15%
Como se vê, as três margens são bem diferentes entre si e focar em um só conceito pode levar a decisões erradas. As empresas, portanto, devem usar os três indicadores, conhecendo as limitações e benefícios de cada um.
Rodrigo Zeidan é especialista em finanças e professor da Fundação Dom Cabral

EMPREENDEDORES - O QUÉ É UMA STARTUP

Tudo começou durante a época que chamamos de bolha da Internet, entre 1996 e 2001. Apesar de usado nos EUA há várias décadas, só na bolha ponto-com o termo "startup" começou a ser usado por aqui. Significava um grupo de pessoas trabalhando com uma ideia diferente que, aparentemente, poderia fazer dinheiro. Além disso, "startup" sempre foi sinônimo de iniciar uma empresa e colocá-la em funcionamento.
O que os investidores chamam de startup?

Muitas pessoas dizem que qualquer pequena empresa em seu período inicial pode ser considerada uma startup. Outros defendem que uma startup é uma empresa com custos de manutenção muito baixos, mas que consegue crescer rapidamente e gerar lucros cada vez maiores. Mas há uma definição mais atual, que parece satisfazer a diversos especialistas e investidores: uma startup é um grupo de pessoas à procura de um modelo de negócios repetível e escalável, trabalhando em condições de extrema incerteza.

Apesar de curta, essa definição envolve vários conceitos:

- Um cenário de incerteza significa que não há como afirmar se aquela ideia e projeto de empresa irão realmente dar certo - ou ao menos se provarem sustentáveis.

- O modelo de negócios é como a startup gera valor - ou seja, como transforma seu trabalho em dinheiro. Por exemplo, um dos modelos de negócios do Google é cobrar por cada click nos anúncios mostrados nos resultados de busca - e esse modelo também é usado pelo Buscapé.com. Um outro exemplo seria o modelo de negócio de franquias: você paga royalties por uma marca, mas tem acesso a uma receita de sucesso com suporte do franqueador - e por isso aumenta suas chances de gerar lucro.

- Ser repetível significa ser capaz de entregar o mesmo produto novamente em escala potencialmente ilimitada, sem muitas customizações ou adaptações para cada cliente. Isso pode ser feito tanto ao vender a mesma unidade do produto várias vezes, ou tendo-os sempre disponíveis independente da demanda. Uma analogia simples para isso seria o modelo de venda de filmes: não é possível vender a mesmo unidade de DVD várias vezes, pois é preciso fabricar um diferente a cada cópia vendida. Por outro lado, é possível ser repetível com o modelo pay-per-view - o mesmo filme é distribuído a qualquer um que queira pagar por ele sem que isso impacte na disponibilidade do produto ou no aumento significativo do custo por cópia vendida.

- Ser escalável é a chave de uma startup: significa crescer cada vez mais, sem que isso influencie no modelo de negócios. Crescer em receita, mas com custos crescendo bem mais lentamente. Isso fará com que a margem seja cada vez maior, acumulando lucros e gerando cada vez mais riqueza.

Os passos seguintes
É justamente por esse ambiente de incerteza (até que o modelo seja encontrado) que tanto se fala em investimento para startups - sem capital de risco, é muito difícil persistir na busca pelo modelo de negócios enquanto não existe receita. Após a comprovação de que ele existe e a receita começar a crescer, provavelmente será necessária uma nova leva de investimento para essa startup se tornar uma empresa sustentável. Quando se torna escalável, a startup deixa de existir e dá lugar a uma empresa altamente lucrativa. Caso contrário, ela precisa se reinventar - ou enfrenta a ameaça de morrer prematuramente.
Startups são somente empresas de internet? Não necessariamente. Elas só são mais frequentes na Internet porque é bem mais barato criar uma empresa de software do que uma de agronegócio ou biotecnologia, por exemplo, e a web torna a expansão do negócio bem mais fácil, rápida e barata - além da venda ser repetível. Mesmo assim, um grupo de pesquisadores com uma patente inovadora pode também ser uma startup - desde que ela comprove um negócio repetível e escalável.

Yuri Gitahy é investidor-anjo, conselheiro de empresas de tecnologia e fundador da Aceleradora, que apoia startups com gestão e capital semente
 

EMPREENDEDORES, 6 FORMAS DE DRIBLAR O MEDO PARA EMPREENDER

Incerteza, medo, risco. Quem começa um negócio do zero sabe que essas sensações são potencializadas na hora de, enfim, tirar a ideia do papel. Muitos empreendedores estudam o mercado, pesquisam e, mesmo assim, ficam paralisados na hora de assumir o compromisso do próprio negócio.
A boa notícia é que essas sensações são perfeitamente normais no empreendedorismo fazem parte do processo. Para superar o medo e se arriscar, os especialistas Thiago de Carvalho, coordenador do Centro de Empreendedorismo do Insper, e Marcos Hashimoto, coordenador do Centro de Criatividade e Empreendedorismo da FAAP, dão dicas para driblar a incerteza e ter uma pequena empresa de sucesso. 
1.

Não faça comparaçõesUma das principais dúvidas na hora de empreender é se as condições do emprego, como salário, benefícios e horários, serão mantidas na nova atividade. “Mais do que risco e medo, as pessoas ficam comparando o que elas têm hoje e esperando a grande ideia”, diz Carvalho. Segundo ele, é mais importante se encontrar em uma atividade que traga satisfação do que medir apenas pelo aspecto financeiro. 
2.
Entenda o que é risco para vocêA percepção de risco, segundo Hashimoto, é algo muito particular. “Se você é o tipo que olha para o céu claro e mesmo assim tem um guarda-chuva, indica que é menos receptivo a risco”, diz. É importante avaliar, com base nas escolhas diárias e de investimentos, qual é o seu limite para se arriscar. 
3.
Descubra de onde vem a dúvidaEntender de onde vem o medo ao risco é essencial para poder solucioná-lo. “É legal saber quais são as origens dessa insegurança. É uma insegurança muito específica de cada um”, indica Carvalho. Descubra se o medo é impulsionado por falta de capital, de habilidades técnicas ou mesmo por circunstâncias pessoais. 
4.
Planeje-seUm planejamento de médio e longo prazo ajuda a amenizar o medo e também reduzir os riscos. “Esse planejamento ajuda a pessoa a entender melhor o negócio. Algumas pessoas acabam ignorando retornos dos consumidores que não gostam do produto delas. Elas criam modos de pensar e acabam não observando o mercado”, explica Carvalho. 
Este planejamento é essencial se o negócio for em uma área em que o empresário tem pouca experiência. O mais indicado é conversar com o máximo de pessoas possível para entender o mercado. 
5.
Avalie o impacto dos riscosEntender o que o risco vai causar na sua vida é importante para avaliar quais ameaças serão priorizadas. “Na avaliação de risco, precisa saber quais são as ameaças que podem sair do controle”, diz Hashimoto. Segundo ele, uma ótima forma de reduzir a incerteza é participa de cursos e seminários e conversar com especialistas. 
O passo seguinte é entender quais são os maiores riscos, avaliando o impacto e a probabilidade de cada um. “Se o impacto é pequeno e a chance de acontecer é grande, o risco talvez seja alto”, indica. 
6.
Faça uma autoavaliaçãoO autoconhecimento é essencial para entender como cada empreendedor lida com o risco e com a ideia de abrir um negócio. “Esse autoconhecimento é importante para quem está buscando uma carreira como o empreendedorismo. Não tem certo ou errado em termos de carreira”, diz Carvalho. Avalie-se e meça até que ponto você está disposto a ir pelo próprio negócio. 

Editado por?:Priscila Zuini – Exame

LIÇÕES PARA EMPREENDEDORES

Lojas Americanas, Burger King, Block­buster, Submarino, Bud­weiser e Heinz. O que es­sas marcas têm em comum? Os donos. Todas elas são controladas pelos brasileiros Jorge Paulo Lemann, Mar­cel Telles e Beto Sicupira. O trio fez história ao comprar empresas em dificuldades, po­rém com nomes fortes, e reformular a gestão seguindo a cartilha da meritocracia e a obsessão por custos baixos. 
Economista formado em Harvard, o carioca Lemann fundou em 1971 a corretora Garantia. Nos anos seguintes, Telles e Sicupira foram trabalhar na empresa e acabaram se tornando sócios do negócio, que virou um banco de investimento. Em 1982, os três compraram a Lojas Americanas. Sete anos depois, foi a vez da Brahma, negócio que deu origem à Ambev após a fusão com a concorrente Antarctica em 1999. 
Poucos meses antes, o banco Garantia havia sido vendido. O foco dos sócios passou a ser os fundos de in­vestimento em empresas. Em 2004, os três criaram o 3G, fundo para aqui­sições de empresas americanas.
Em 2008, eles adquiriram a Anheuser-Busch, cervejaria dona da marca Bud­weiser num negócio de 52 bilhões de dólares. Dois anos depois, foi a vez da rede de fast-food Burger King. Em 2013, o trio acertou a compra da fabricante de alimentos Heinz. 

As histórias estão em Sonho Grande, livro lançado recentemente pela Editora Sextante. Escrito pela jornalista Cristiane Correa, o trabalho é resultado de quase 100 entrevistas com pessoas que acompanharam a trajetória dos três empresários. Conheça algumas lições deles para os negócios.  

Copie boas ideias
Quando estava à frente do Garantia, Lemann teve a oportunidade de conhecer o funcionamento do banco americano Goldman Sachs e gostou do que viu. Na volta ao Brasil, adotou no Garantia o sistema de remuneração com salários abaixo do mercado, os bônus agressivos e a compra de ações pelos funcionários — parte da cultura do banco americano.
"Copiar o que funciona bem é mais prático", era uma das diretrizes do Garantia na época. Quando adquiriu o controle da Lojas Americanas, Sicupira enviou cartas aos principais varejistas do mundo pedindo para conhecer suas­ operações. A solicitação foi aceita por Sam Walton, fundador do Walmart.
Nos Estados Unidos, onde está localizada a sede da multinacional varejista, Sicupira pôde conhecer o minucioso controle de custos da empresa e o implantou na rede brasileira.

Tenha fanatismo
Os funcionários das empresas dos três sócios são estimulados a se devotar ao trabalho. No Garantia, os empregados que saíam mais cedo passavam pelo constrangimento de receber uma salva de palmas dos colegas.
Na Lojas Americanas, em certa ocasião, Sicupira dançou vestido de odalisca no centro do Rio de Janeiro. Foi o pagamento de uma promessa feita aos funcionários que haviam conseguido aumentar a margem de lucro da empresa. 

Forme uma elite 
Lemann define o tipo de gente com quem gosta de trabalhar pela sigla PSD — poor, smart, deep desire to get rich (“pobres, espertos, com muita vontade de ficar rico”). O próprio Telles se encaixava nesse perfil. Em suas primeiras semanas de trabalho no Garantia, Telles foi uma espécie de office-boy que levava para os clientes os papéis negociados pelo banco.
Em dois anos, ganhou o direito de comprar uma pequena participação acionária. Desde essa época, os funcionários com os piores desempenhos são demitidos. "É como um galho morto, que precisa ser podado", diz Telles. Outro mandamento é oferecer incentivos a funcionários de todas as áreas do negócio. "Goleiro também tem de ganhar bem", costuma dizer Lemann.

Corte custos
O controle de custos foi uma lição aprendida com o Walmart e replicada à exaustão nas empresas administradas pelos três sócios. "Custo é como unha. Tem de cortar sempre", diz Sicupira. Quando Telles assumiu a gestão da Brahma, havia restaurantes, vagas de estacionamento e banheiros exclusivos para os executivos.
A burocracia na empresa era enorme. Uma piada entre os funcionários dizia que, num futuro distante, um arqueólogo ao pesquisar as ruínas da empresa concluiria que ali havia funcionado uma fábrica de papel com uma cervejaria em anexo para os empregados beberrões. Em três meses, Telles aboliu os privilégios da diretoria e 2 500 funcionários saíram da empresa. 

Seja impessoal
Dois episódios dão a dimensão de como os interesses pessoais não se misturam com os negócios nas empresas de Lemann, Telles e Sicupira. Em certa ocasião, o filho de Telles, de 11 anos, contou ao pai o interesse em trabalhar em suas empresas. Telles explicou ao garoto que não seria possível atender ao desejo dele.
Os filhos dos três sócios não podem fazer carreira em suas companhias. O máximo permitido é ser trainee durante um ano. Depois disso, precisam encontrar emprego.
"A gente analisa 70.000 candidatos a trainee por ano. Será que minha genética é tão forte para eu criar o melhor desses 70.000? Não só não acredito em milagres da genética como acho que nossa cultura desapa­receria”, disse Telles certa vez.
Em outra ocasião, Robert Cooper, sobrinho de Lemann, perguntou ao tio se poderia conhecer o camarote da Brahma no Carnaval. A resposta foi: "Aquilo é um negócio. Os convites são para gente famosa, mulheres bonitas e para quem me ajuda a ganhar dinheiro. Em que categoria você está?"

Seja simples
Um dos princípios do Garantia dizia que “o simples é sempre melhor que o complexo”. Nas empresas adquiridas mais tarde, o trio implantou a mesma filosofia. O ambiente de trabalho costuma ser informal. As salas dos chefes não têm divisórias, e um grupo pequeno de secretárias atende todos os executivos.
Raciocínios simples e diretos guiam a tomada de decisões. Um exemplo foi a compra da Brahma. "País tropical, marca boa, população jovem e má administração. Tem tudo para a gente transformar num negócio grande", foi o argumento que Lemann usou para convencer um sócio que duvidava da viabilidade do negócio.
Os hábitos simples também são levados para a vida pessoal. Durante o roubo a um posto de gasolina onde abastecia o carro, em 1991, Lemann passou despercebido pelos assaltantes — que não se interessaram por seu Passat com dez anos de uso.

Editado por: Luciana Barreto, da

 

terça-feira, 7 de maio de 2013

11 TÁTICAS DOS ORADORES DE SUCESSO PARA APRESENTAÇÕES

São Paulo - Usar as táticas certas na hora de fazer uma apresentação em público faz com que até o mais inexperiente orador seja aplaudido e se saia bem diante da plateia.
Do tom de voz à maneira de gesticular e andar pelo espaço, os aspectos que influenciam a atenção do público são muitos. Pensando nisso, EXAME.com consultou especialistas no assunto para tentar decifrar as estratégias utilizadas pelos oradores de sucesso. Confira um verdadeiro roteiro para arrasar em qualquer apresentação que surgir na carreira, seja para um público reduzido, seja para grandes plateias:
1 Dominar o assunto é dominar o medo de falar em público
Conhecer bem o assunto é o primeiro passo para uma apresentação bem sucedida. “As pessoas têm medo de falar em público quando não dominam o assunto da apresentação”, diz o palestrante e coach Maurício Seriacopi.
De acordo com ele a preparação deve englobar também possíveis dúvidas e interpretações que poderão surgir ao longo da apresentação.
2 Estude a sua plateia
Quem é o seu público? São os diretores da empresa? É uma plateia de jovens, pessoas mais velhas ou mista? Faixa etária, segmento e perfil são aspectos que devem ser analisados. A partir disso você vai decidir o vocabulário empregado, por exemplo.
“Não adianta utilizar um linguajar técnico para um público leigo ou linguagem vulgar para uma plateia composta por especialistas”, diz Reinaldo Polito, professor de expressão verbal e palestrante.
3 Mostre ao público qual a vantagem de prestar atenção ao que você vai dizer
O que as pessoas vão ganhar ao dedicarem atenção ao que você está dizendo? Verbalize esse ganho para estimular o interesse.
“É dizer claramente. Se é um público conservador e o tema é plano de investimento, explique que vai falar de investimentos seguros, tranquilos e que vão ajudar a atravessar um período de turbulência”, explica Polito.
Ou seja, o ganho é algo que pode variar de acordo com os ouvintes. “Se a plateia é formada por investidores agressivos, falar de investimentos seguros não vai captar a atenção das pessoas, por isso é muito importante conhecer características predominantes que permeiam o público”, ressalta Polito.
4 Crie expectativa
“O público que não tem expectativa não acompanha”, diz Polito. Por isso, seja de forma explícita ou nas entrelinhas, diga que vai fazer uma revelação. 
“Se for uma palestra sobre investimento de renda fixa, diga que vai dar exemplos de pessoas que se deram bem para criar a expectativa, por exemplo”, explica Polito.
5 Quebre resistências, conquiste atenção logo no início
Uma plateia atenta, interessada e receptiva é o sonho de toda pessoa que fala em público. Mas nem sempre é assim. Por isso, na hora de começar a falar leve em consideração se as pessoas estão torcendo por você, se há resistências ao assunto ou mesmo a você ou ao ambiente.
“Se as pessoas estão torcendo por você, elas estão atentas”, diz Polito. Mas, se não existe torcida, comece agradecendo pela oportunidade de estar ali, seja simpático. “Pode ser fazendo um elogio que não passe a ideia de demagogia, demonstrando envolvimento em tratar do assunto”, diz Polito.
Fazer algo de impacto para captar a plateia logo no início é uma das táticas usadas por Seriacopi. “Logo no começo entro com uma dinâmica ou atividade para despertar a atenção das pessoas”, conta o palestrante.
De acordo com ele, é uma maneira de mostrar ao público que a qualquer momento pode haver mais interações. “As pessoas ficam atentas porque podem ser parte do contexto”, diz.
Frases de impacto, histórias e fatos bem humorados são alternativas para prender a atenção das pessoas, segundo Polito.
Ao encontrar resistência em relação a você, como palestrante, aos poucos vá revelando a sua experiência como forma de chancelar a sua presença ali. “Citar uma frase de uma autoridade no tema que será discutido é também uma maneira de transferir credibilidade para sua fala”, diz Polito.
Se há resistência ao assunto, não dê a sua opinião logo de cara, recomenda Polito. “É uma questão inteligência. Se der a sua opinião, quem concorda vai ficar feliz e quem não concorda vai se afastar ainda mais”, explica. Aposte em uma maneira disciplinada de fazer a relação dos pontos em comum entre você os ouvintes. “Assim eles vão concordando e é possível quebrar as resistências”, diz.
Caso o problema seja o ambiente, com cadeiras desconfortáveis, ar muito frio ou local barulhento diga que não vai tomar muito tempo das pessoas.
6 Humor é uma boa forma de manter a atenção
Começar uma apresentação fazendo piada pode ser um tiro no pé. “Porque se não tem graça e as pessoas não dão risada a pessoas vai ficar desestabilizada”, diz Polito.
O ideal é inserir passagens bem humoradas ao longo da apresentação, principalmente depois de tratar de conceitos pesados e mais técnicos. “Dá uma arejada na apresentação”, diz Polito.
Ironia fina, brincadeiras subentendidas demonstram preparo, sagacidade e uma percepção de que trata-se de um público mais bem preparado capaz de entender este tipo de humor.
7 Dê ritmo à apresentação e fuja de vícios de linguagem
Dê ritmo à fala. Não fale sempre no mesmo tom de voz. Acelere ou fale mais devagar dependendo do momento. “Um momento de reflexão pede uma fala mais cadenciada”, diz Seriacopi.
Não grite, mas não fale baixo. “Falar mais alto demonstra envolvimento”, diz Polito. Evite vícios de linguagem como “né”, “tá” “ tipo”, “na verdade”. “Isto irrita a plateia”, diz Polito.
8 A pausa é sedutora na comunicação
Faça pausas, elas são essenciais, de acordo com os dois especialistas. “Faço pausas de 5 a 10 segundos, após uma pergunta, ou para dar tempo de as pessoas assimilarem o conteúdo”, diz Seriacopi.
“A pausa valoriza a informação, criar expectativa sobre o que será dito em seguida e demonstra o domínio de quem está fazendo a apresentação”, diz Polito.
 9 Movimente-se na medida certa
A movimentação é importante em uma apresentação. “É usar o máximo de espaço disponível para se movimentar”, diz Seriacopi. Se for um palco, caminhe, se for possível até desça do palco e ande entre as fileiras, recomenda o palestrante. Mas cuidado para não passar na frente de projetores.
10 Recursos visuais aumentam o poder de retenção do público
Após três dias de uma apresentação, as pessoas se lembram de 10% do que foi dito, segundo Polito. “Se a apresentação usa recursos visuais, este percentual sobre para 65%”.
Slides e vídeos são alguns dos recursos para aumentar o poder de retenção do público. Mas, ressalta Polito, é um recurso que deve ter importância secundária. “Algumas pessoas invertem e acabam ficando apenas do lado dos slides”, diz.
“Uso recursos de vídeo, slides, imagens, música mesclados à oratória para não cansar o público”, diz Seriacopi.
O recurso visual dá a indicação de conceitos, a explicação é sempre do palestrante.
“Se é uma pessoa que usa 60, 70 telas e recomendo que ela reduza para 35 ou 30”, diz Polito. Para ele, vale a regra dos 7 por 7: “ 7 palavras por frase e 7 frases por slide”, explica.
11 Para fechar a apresentação sintetize o assunto em 2 ou 3 frases
Escolher duas ou três frases que sintetizem o que foi tratado durante a palestra. “Assim é possível abraçar o conteúdo”, diz Polito. Em seguida, recomenda, peça ação se for possível agir imediatamente ou uma reflexão a respeito do assunto da apresentação.
“Ao fim de minhas palestras, eu escolho trazer uma história ou de alguém conhecido ou minha que comprove que o que eu estou falando funciona, não só teoria”, diz Seriacopi.
Se for preciso avisar o público que a apresentação terminou, é sinal que de o fechamento não foi bem feito”, diz Seriacopi . Tom, velocidade da voz e o agradecimento darão ao público a certeza de que a apresentação chegou ao fim.

Editado por: Camila Pati Exame.com

quinta-feira, 25 de abril de 2013

50 MANEIRAS DE REDUZIR CUSTOS

Confira a seguir ideias de como reduzir despesas em todas as áreas da empresa: gestão estratégica, recursos humanos, compras, tecnologia, marketing, vendas, tarifas bancárias, impostos, linhas de crédito, produção, frota, logística, material de escritório, contas de água, telefone e energia. Um melhor uso dos recursos significa produtos ou serviços mais competitivos, ganho no posicionamento de mercado e margem de lucro mais alta

GESTÃO
1>>> FAÇA UMA ANÁLISE DOS CUSTOS
Quando se veem em um momento de apuro, muitas empresas começam a reduzir custos sem avaliação prévia e acabam limando recursos importantes para os resultados da companhia. Por isso, a regra é elencar todos os custos da empresa e manter um histórico deles, realizando cortes naqueles que têm menos participação no lucro. Na multimarcas virtual OQVestir, as sócias Rosana Sperandéo e Mariana Mendes Medeiros reúnem-se mensalmente com a área financeira para analisar as despesas. “Cortamos aquilo que não afeta a produtividade e o bem-estar dos funcionários”, afirma Rosana.

2>>> DEFINA METAS DE REDUÇÃO
O planejamento estratégico da empresa deve incluir não só as metas de aumento de vendas como também as de diminuição de gastos, obtidas com o estudo dos custos. Assim é possível definir os caminhos para alcançar os índices determinados.

3>>> ENVOLVA A EQUIPE
Os funcionários são protagonistas da redução de custos e a comunicação interna deve ser reforçada para que os colaboradores façam parte dessa causa. Uma maneira de otimizar os cortes é envolver a equipe na definição de metas e usar parte da economia para premiar o time quando elas forem atingidas, sugere Luís Lobrigatti, consultor do Sebrae-SP. Essa estratégia pode ser aplicada na redução de itens como material de escritório, energia e manutenção de equipamentos.

4>>> CUIDE DO ATENDIMENTO AO CLIENTE
Ao planejar quais custos devem ser diminuídos, é preciso manter a atenção na qualidade e na eficiência do atendimento, para que o corte não cause uma percepção negativa nos clientes. Uma padaria que reduz a iluminação no salão, por exemplo, pode causar incômodo aos fregueses e, com isso, perder vendas.

RECURSOS HUMANOS
5>>> OTIMIZE A JORNADA DE TRABALHO
Quando o horário de trabalho é bem aproveitado, o funcionário passa menos tempo na empresa. Ganham a companhia, que economiza com hora extra e energia elétrica, e o trabalhador, que tem mais qualidade de vida. Essa foi a aposta da OQVestir. As sócias Rosana Sperandéo e Mariana Mendes Medeiros orientam os empregados a não acessar redes sociais durante o horário de trabalho e a moderar nas pausas para almoço e cigarro. “Em vez de trabalhar por longas horas, fazemos um período mais compacto e eficiente”, afirma Rosana.

6>>> CALCULE OS CUSTOS DA DEMISSÃO
Antes de demitir funcionários, coloque no papel os custos da rescisão de contrato. Devem-se somar a isso os gastos com contratação e treinamento de novo pessoal no futuro, quando as condições permitirem. Se o plano for trocar empregados antigos por mais jovens, também se deve considerar o tempo que estes levarão para chegar ao nível de expertise daqueles demitidos. “E, se os processos de trabalho não forem bem registrados, aqueles que deixam a empresa poderão levar embora o conhecimento construído”, diz Liana Bittencourt, diretora de marketing do Grupo Bittencourt.

7>>> ADOTE O BANCO DE HORAS
Uma alternativa para reduzir os gastos com horas extras é registrar o tempo excedente de trabalho em um banco de horas, sugere Lobrigatti, do Sebrae-SP. O empregado pode recuperar as horas trabalhadas a mais em folgas, emendas de feriados ou férias mais longas. Entretanto, a empresa deve fazer essa compensação no ano corrente. Caso contrário, é preciso remunerar o funcionário pelas horas extras, alerta Sônia Mascaro Nascimento, doutora em Direito do Trabalho pela USP.

8>>> CONSIDERE A TERCEIRIZAÇÃO
A terceirização pode ser uma maneira de economizar com pessoal, desde que as funções não incluam a atividade-fim da empresa. Profissionais requeridos esporadicamente, como especialistas em seleção e recrutamento, podem ser retirados do quadro fixo e contratados somente quando necessários, diz Dariane Castanheira, professora do Programa de Capacitação da Empresa em Desenvolvimento da Fundação Instituto de Administração (ProCED/FIA). Se alguns serviços terceirizados forem muito procurados, poderá ser mais barato manter um profissional para a função.
9>>> REVEJA A CESTA DE BENEFÍCIOS
Diversas empresas gastam mais do que o necessário com benefícios pouco utilizados pelos colaboradores, aponta Luis Augusto Lobão, professor de estratégia da Fundação Dom Cabral. A solução é reavaliar o que é oferecido, calibrando os itens de acordo com o perfil do quadro de funcionários. Se são jovens, dão mais importância a subsídio para cursos, por exemplo. Já os mais velhos querem plano de saúde completo e previdência privada. Antes de fazer essa mudança, verifique quais benefícios fazem parte de acordo sindical.

10>>> DÊ FÉRIAS COLETIVAS
Se houver necessidade de uma redução acentuada na produção, considere dar férias coletivas aos funcionários. Isso pode ser feito no final do ano ou quando há sazonalidade na demanda pelos produtos ou serviços. Assim, a empresa economiza com as despesas de manutenção da infraestrutura, como luz e água. “O período pode ou não ser descontado das férias normais dos empregados”, diz a advogada Sônia Nascimento.

11>>> OTIMIZE OS PROCESSOS
Ao fazerem um diagnóstico do negócio, os donos da NGO, que presta serviços de assessoria e gerenciamento de risco, verificaram que faltava visão dos funcionários nos processos amplos do negócio. “Cada um se concentrava mais no seu departamento, e o fluxo de trabalho muitas vezes empacava na dependência de uma pessoa”, diz Daniel Cossi, diretor administrativo. Com a troca de parte dos colaboradores e a reciclagem de outros, foi possível otimizar processos, ganhar qualidade e reduzir o tempo
e, portanto, o custo da operação.

12>>> ATENTE ÀS FORMAS DE CONTRATAÇÃO
A empresa deve sempre tomar cuidado com as formas de contratação dos funcionários para evitar despesas com multas e processos trabalhistas. “É comum contratar quem é empregado como prestador de serviço e vice-versa”, afirma Sônia Nascimento. Dependendo da situação, a pessoa pode trabalhar como autônoma, com contrato eventual, como celetista, como temporária e por prazo determinado. Verifique se a sua empresa faz isso de maneira correta.

INFRAESTRUTURA
13>>> CORTE NAS PEQUENAS COISAS
Alguns itens, isolados, não representam um custo muito grande, mas quando somados podem pesar bastante nas finanças da empresa. Desde que foi inaugurada, a sede do site OQVestir passou por algumas mudanças: a cafeteira sofisticada, cujos sachês custavam R$ 130 por mês, foi trocada pelo clássico sistema de coador, e o gasto, reduzido a R$ 30 mensais. O material de limpeza, que era adquirido em um hipermercado, passou a ser comprado a granel.

14>>> DIMINUA A FROTA DE CARROS
Possuir uma frota de veículos gera custo com manutenção mecânica, seguro, IPVA e depreciação. Considere a possibilidade de trabalhar com carros alugados ou com uma frota gerenciada por uma empresa terceirizada, que se encarrega da manutenção e dos demais cuidados. Outra opção é o leasing, em que se paga pelo uso do produto e é possível comprá-lo ao final do contrato.

15>>> ECONOMIZE NO TELEFONE
Após ter constatado um custo de telefonia elevado, José Roberto de Arruda Filho, sócio-diretor da JR&M Assessoria Contábil, instalou um software que, ligado à central telefônica, registra quais funcionários falam mais ao telefone e quais clientes demandam mais ligações. Com isso, foi feito um programa de conscientização e se obteve uma economia de 35% na conta do telefone. Outra opção para reduzir essa despesa é negociar com a empresa de telefonia um pacote mais ajustado ao perfil das ligações da empresa.

16>>> REDUZA PERDAS NA PRODUÇÃO
Para economizar no processo produtivo, minimize as perdas. Além de investir em máquinas mais modernas, é preciso conscientizar e qualificar os profissionais da linha de produção. A alta rotatividade dos funcionários colabora para a perda de qualidade de produtos de maior valor agregado, destaca Fernando Macedo, CEO Brasil da Expense Reduction Analysts.

17>>> INVISTA EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
Quando as máquinas da empresa estão defasadas ou lentas demais, geram gastos com manutenção e com horas extras dos funcionários. “Muitas vezes, vale a pena considerar um financiamento para adquirir equipamentos novos”, diz Dariane Castanheira, do ProCED/FIA. Os bancos oferecem linhas de crédito subsidiadas, como o Finame.

18>>> OTIMIZE O GASTO COM ENERGIA
O gasto com energia elétrica pode ser reduzido a partir de mudanças na estrutura da empresa, nos equipamentos e nos hábitos. Na sede da OQVestir, para aproveitar melhor a luz natural, foram abertas duas janelas. As luminárias velhas foram trocadas por modelos que usam lâmpadas mais eficientes e têm espelhos para refletir a luz. A geladeira foi substituída por uma que gasta menos energia. Além disso, os funcionários são orientados a desligar a luz quando saem de um ambiente. A economia tem sido de R$ 60 mensais, mesmo com a chegada do verão, quando o ar-condicionado fica ligado constantemente.

19>>> REAVALIE A LOGÍSTICA
O transporte de funcionários e o serviço de entrega de materiais podem ser administrados por uma mesma empresa terceirizada. Assim, o número de viagens é otimizado e o gasto, reduzido. Essa foi a solução encontrada pela JR&M Assessoria Contábil para organizar a logística do negócio. Na FastFrame/Moldura na Hora, um dos três motoristas foi cortado, e a rede passou a utilizar mais os serviços de entrega de fornecedores. “Eles absorveram os custos”, afirma Rodrigo Pitangui Viegas, diretor da rede.

20>>> TERCEIRIZE A GESTÃO DOS PAGAMENTOS
Em empresas em que há gastos excessivos com combustível, uma solução é contratar um serviço de controle de frota. Essa foi a iniciativa da NGO, que presta serviços de assessoria e gerenciamento de risco. A firma costumava pagar o combustível quando o funcionário apresentava notas fiscais, mas se deparava com oscilação de custos e dificuldade para justificá-los aos clientes. Com a contratação do Ticket Car, os funcionários receberam cartões com créditos pré-definidos. A economia com combustível foi de 36%, segundo Daniel Cossi, diretor administrativo da NGO.

21>>> DIGITALIZE DOCUMENTOS
Para reduzir o consumo de suprimentos, como papel e toner de impressora, a JR&M Assessoria Contábil incentiva a digitalização. “Temos muita emissão de relatórios, então adotamos o formato PDF”, afirma Arruda Filho. Há ainda um ganho em segurança, pois os documentos ficam em rede, e não só em um arquivo físico.

22>>> CONSIDERE A VENDA DE ATIVOS
Empresas que são proprietárias de prédios podem vendê-los para, além de economizar com manutenção e impostos, colocar dinheiro no caixa. De acordo com Macedo, da Expense Reduction Analysts, esse capital extra pode ser investido para atualizar a linha de produção, por exemplo, o que tem impacto positivo direto no resultado.
 
FINANÇAS
23>>> VERIFIQUE O REGIME TRIBUTÁRIO
É possível diminuir a quantia gasta com impostos verificando se a empresa está no enquadramento tributário adequado. Os regimes de Lucro Real, Lucro Presumido e Simples Nacional têm alíquotas diferentes, além de créditos e deduções próprios, e vale simular, com um contador, em quais enquadramentos a empresa poderia entrar e quanto pagaria neles.

24>>> RENEGOCIE DÍVIDAS
Se a empresa tem dívidas, uma maneira de honrá-las economizando é renegociá-las com os credores e tentar obter a menor taxa de juros possível. É preciso, no entanto, calcular a real capacidade que a empresa tem de pagar esse débito nas condições pleiteadas, levando em consideração o prazo de pagamento e as parcelas.

25>>> ANALISE O FLUXO DE CAIXA
Para não ter de recorrer ao endividamento, faça uma análise do fluxo de caixa dos últimos 12 meses e verifique em quais períodos há baixa de vendas e necessidade de capital. Com isso, negocie com os fornecedores um remanejamento dos prazos de pagamento, propõe Liana Bittencourt, do Grupo Bittencourt. O segredo é fazer isso com antecedência
se o remanejamento é pedido em cima da hora, quando o fornecedor já aguarda o pagamento, as chances de conseguir uma prorrogação são menores.

26>>> PLANEJE O ENDIVIDAMENTO
O endividamento pode ser um trampolim para o crescimento da empresa, mas deve ser planejado. Organize-se para pagar juros menores, evitando as opções de acesso mais fácil, porém com taxas mais altas, como o cheque especial. Compare as condições de financiamento em diversos bancos.

27>>> APRESENTE BONS PROJETOS AO BANCO
Os planos de negócios não servem só para dar início à empresa. Quando tiver projetos de expansão, estruture-os antes de ir ao banco. Com uma boa proposta, conseguem-se condições melhores de pagamento dos empréstimos.

29>>> NEGOCIE AS TARIFAS BANCÁRIAS
Uma boa fatia da receita da empresa é usada para pagar tarifas bancárias. “Elas podem chegar a quase 1% do faturamento”, diz Dariane Castanheira, do ProCED/FIA. No entanto, as tarifas podem ser renegociadas com o banco. Para conseguir uma redução, é necessário ter controle do caixa e estar em dia com os pagamentos.

FORNECEDORES
29>>> COMPRE EM VOLUME E ALUGUE
Uma proposta de redução de custos para os franqueados da rede FastFrame/Moldura na Hora proporcionou o aumento da procura por novas unidades. O investimento inicial na franquia, que era de cerca de R$ 150 mil, caiu 30% quando a franqueadora propôs alugar aos franqueados os equipamentos de oficina, como serras e máquinas de corte de vidro, em vez de vendê-los. Comprando com volume maior, a franqueadora consegue bons preços nas máquinas, que são alugadas por valores de mercado. Segundo Rodrigo Pitangui Viegas, diretor da FastFrame/Moldura na Hora, 90% dos novos franqueados optam pelo aluguel.

30>>> DIVERSIFIQUE OS FORNECEDORES
Manter um só fornecedor pode significar preços mais altos e risco de faltar produto no estoque. Faça uma busca constante de outros produtores no mercado e avalie novas mercadorias, que possam substituir as que você já vende, a um custo menor, aconselha Lobrigatti, do Sebrae-SP.

31>>> PEÇA REDUÇÃO DE PREÇO DA MATÉRIA-PRIMA
Com o objetivo de aumentar a margem de lucro, a Tijol-ECO, que produz tijolos de solocimento por um processo ecológico, em São Pedro (SP), decidiu diminuir os custos. Para isso, renegociou o preço das matérias-primas com os fornecedores, após ter feito uma pesquisa no mercado, e reformulou o layout industrial, para otimizar o fluxo de materiais. “Conseguimos uma redução de custo de cerca de 15%”, conta Roberto Claudio Pereira, sócio-gerente da empresa. Pelos cálculos de Lobão, da Fundação Dom Cabral, a renegociação com os fornecedores costuma trazer uma economia entre 13% e 30%.

32>>> UNA FORÇAS PARA TER PREÇOS MELHORES
A parceria com empresas concorrentes ou complementares para compras conjuntas permite diminuir o valor unitário do produto e dividir custos de logística. A Rede Construalto, associação formada por 24 varejistas de material de construção com sede em Mogi das Cruzes (SP), realiza bolsões de compras
cada loja faz seus pedidos de um produto, e a rede negocia os melhores preços com os fornecedores.

33>>> REDUZA O ESTOQUE QUE NÃO TEM GIRO
Tanto a indústria como o varejo têm perdas financeiras com estoque parado. O capital aplicado no produto que não girou não rende e, além disso, há custos de armazenamento e possível redução de preço se o produto fica deteriorado ou obsoleto. Para reduzir as perdas, a quantidade no estoque deve ser calculada de acordo com a demanda de cada ponto de venda, lembrando que lojas diferentes de uma mesma rede têm giros variados e pedem quantidades proporcionais.

MARKETING E VENDAS
34>>> INVISTA NAS REDES SOCIAIS
Como exigem baixo investimento, as redes sociais, como Orkut, Facebook e Twitter, podem ser suportes para a divulgação do produto e de promoções. É preciso, no entanto, adaptar a comunicação para as novas mídias, levando em consideração o tamanho e o formato da mensagem e o público que terá acesso a ela. Quando usar essas ferramentas, monitore a receita que ela traz. “Mesmo que o custo seja zero, a estratégia tem de gerar resultado”, afirma Lobrigatti, do Sebrae-SP.

35>>> DÊ PRÊMIOS CASEIROS
Em vez de adquirir itens de outras empresas para premiar vendedores ou clientes, a empresa pode utilizar os produtos fabricados por ela como bonificação em campanhas internas, para estimular a equipe de vendas, ou em promoções externas, para fidelizar clientes. Além de economizar, a iniciativa estimula a propaganda boca a boca sobre o produto.

36>>> SEJA AMIGO DO REVENDEDOR
Para divulgar os produtos e aumentar a receita sem ter de investir mais em marketing, aproxime-se do revendedor e crie soluções conjuntas. As promoções no ponto de venda, como os eventos de degustação ou a distribuição de amostras gratuitas, têm baixo custo. É possível também criar um programa de incentivo a vendas do seu produto, envolvendo a equipe do revendedor.

37>>> ENCONTRE UMA MARCA PARCEIRA
Uma maneira de gastar menos com publicidade e marketing é unir-se a outra marca e dividir custos. Fabricantes de hardware e software, por exemplo, podem fazer uma venda conjunta. A sugestão, nesse caso, é atentar à sinergia entre as marcas e investigar se não há nenhuma antipatia do consumidor em relação ao seu parceiro, diz Marcos Sardas, sócio-diretor da consultoria GS&MD - Gouvêa de Souza.

38>>> CONCENTRE-SE NO ESTRATÉGICO
Se a opção for reduzir verba de marketing, não faça cortes horizontais, com a mesma porcentagem de redução para todos os produtos. Calcule quais itens contribuem mais para o lucro da empresa e corte no orçamento dos produtos marginais, que são responsáveis pela menor parte do lucro, sugere Sérgio Santos, coordenador da área de marketing da pós-graduação da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Alguns itens, acrescenta, podem até receber investimento em marketing, o que irá garantir as chamadas “vacas leiteiras” da empresa.

39>>> MONITORE PELA INTERNET
Utilize seu site para obter informações sobre o perfil e as preferências do consumidor de maneira econômica. Adote sistemas que monitorem os acessos e as compras e determine as linhas prediletas de cada cliente. Quando houver novidades ou promoções, use o e-mail para avisar os que podem se interessar pela compra, sugere Sardas, da GS&MD - Gouvêa de Souza. Mantenha abertos os canais de comunicação on-line entre empresa e consumidor e receba os feedbacks.

40>>> ECONOMIZE NO SHOWROOM
Showrooms e mostruários montados por indústrias em lojas clientes pedem investimentos significativos. Como são uma vitrine importante para os produtos, não devem ser totalmente cortados. Há, contudo, maneiras de economizar. A sugestão de Sardas, da GS&MD - Gouvêa de Souza, é investir nas lojas que têm maior demanda pelos produtos e desenvolver catálogos eletrônicos ou em papel, para que o consumidor continue a ter acesso à sua linha de produtos.

41>>> APOSTE NOS CONSUMIDORES LEAIS
Diante da necessidade de cortar custos, mantenha o foco nos grupos de clientes mais leais à marca ou que têm maior potencial de efetivar a compra e reduza o investimento em nichos inexplorados ou em consumidores que não conhecem o produto.

42>>> LIBERE A CRIATIVIDADE
No desenvolvimento de campanhas de marketing de baixo custo, vale usar a criatividade. Uma possibilidade é dar ao consumidor a responsabilidade de criar um vídeo sobre a marca
assim como envolver o cliente na criação ou na customização do produto. É preciso ter em mente, no entanto, que essas campanhas devem ter continuidade, com respostas imediatas aos participantes, e que ferramentas de internet podem também virar um fórum de críticas à empresa, alerta Lobão, da Fundação Dom Cabral.

43>>> AUTOMATIZE A FORÇA DE VENDAS
Recursos tecnológicos cada vez mais variados
e baratos são bons instrumentos para economizar nas vendas, sobretudo quando se tem uma equipe que passa a maior parte do tempo na rua e utiliza muito transporte e telefone. Para cortar despesas, vale recorrer à comunicação por Skype, e-mail, rádio e internet via celular. A comunicação eletrônica por escrito também diminui o risco de erros em pedidos, pois as informações ficam registradas nos e-mails.

TECNOLOGIA
44>>> ALINHE TECNOLOGIA E ESTRATÉGIA
Um hábito comum na escolha de produtos de tecnologia da informação é comprar o que há de mais desenvolvido ou o que está na moda, sem haver necessidade real para isso. É preciso alinhar a compra de equipamentos à estratégia da companhia. “Alguns negócios têm de estar na fronteira da tecnologia, porque isso precisa ser visível para o cliente. Outros devem usar uma tecnologia já testada”, diz Fernando S. Meirelles, professor titular da Escola de Administração de Empresas de São Paulo, da Fundação Getulio Vargas (FGV).

45>>> PESQUISE OS PREÇOS
Quando for adquirir equipamentos, faça uma pesquisa exaustiva nos fornecedores. “Alguns podem oferecer o mesmo equipamento pela metade do preço”, diz Meirelles, da FGV. Deve-se levar em conta também que o hardware não é o que mais pesa. Software e serviços chegam a 90% do preço, ressalta Meirelles.

46>>> GASTE NOS APLICATIVOS QUE IMPORTAM
Invista mais em programas que alavancam o negócio
e menos nos que não são tão cruciais. Softwares de gestão de estoque, por exemplo, têm preços que podem variar de R$ 50 a R$ 50 mil. O montante gasto nesse aplicativo precisa ser proporcional à importância que o estoque tem para o negócio. Se esse quesito é crítico, vale investir nos mais seguros e confiáveis.

47>>> PONDERE O SOFTWARE LIVRE
Softwares livres significam menos custos com licenças, mas podem exigir gastos com suporte. Por isso, é preciso avaliar quanto será preciso investir em assistência para o seu sistema. Na FastFrame/Moldura na Hora, os bancos de dados foram baseados na web com ferramentas de código livre. Em parte da rede, no entanto, foi mantido o sistema Windows.

48>>> SISTEMATIZE OS PROCESSOS
Para diminuir o desperdício e as horas extras, a JR&M Assessoria Contábil desenvolveu um sistema que compila as normas e os procedimentos adotados pela empresa. A ferramenta fica na intranet e, consultada pelos funcionários, encurta o tempo dos processos e minimiza os custos.

49>>> INSTALE PROGRAMAS DE COMUNICAÇÃO
Em empresas que têm filiais ou unidades interligadas, como franquias, as ferramentas de voz sobre IP, como o Skype, podem aproximar os membros da rede de maneira mais barata, cortando ligações telefônicas. Essa foi uma solução adotada pela FastFrame/Moldura na Hora para se comunicar com as 50 unidades
entre próprias e franqueadas que a rede tem no país.

50>>> ADOTE UM SOFTWARE DE GESTÃO INTEGRADA
Em vez de manter diversos softwares para gerenciar estoque, finanças, recursos humanos e outras funções da empresa, considere o uso de um sistema ERP (Enterprise Resource Planning), que faz a gestão integrada do negócio. Segundo Luis Augusto Lobão, da Fundação Dom Cabral, o ERP ajuda a reduzir perdas nos processos, otimiza o uso da mão de obra, calcula a quantidade de suprimentos e auxilia na relação com o cliente.

Por Mariana Iwakura - PEGN













sexta-feira, 19 de abril de 2013

O QUE AS PESSOAS DE ALTO DESEMPENHO FAZEM DIFERENTE

Apenas 5% das pessoas conseguem aproveitar ao máximo o próprio potencial. É o que defende o autor Alex Ribeiro no livro “Pense Grande” (Editora Belas Letras), que deve ser lançado no final do mês.
Integrar este grupo, contudo, tem pouca ou nenhuma relação com questões genéticas, dons sobrenaturais ou outras justificativas do tipo, explica Ribeiro. A chave, segundo ele, para usar todo seu potencial e ter sucesso está, na verdade, ligada à maneira como este grupo dos 5% encara o mundo e age diante dos próprios incômodos e falhas, por exemplo. E este tipo de postura pode ser fundamental para a ascensão profissional. 
 
Não aceitam o mundo como ele é
Premissa básica para existir por inteiro e integrar o grupo descrito por Ribeiro? Seja inconformado. Calma. Isso não significa que você deva sair por aí quebrando ou reclamando de tudo. O conceito aqui tem mais relação com a ideia de não tomar a forma, não aceitar como as coisas estão postas. 
Os achados científicos, as inovações e revoluções mais relevantes da história da humanidade surgiram a partir do incômodo que cutucou algumas pessoas.
“Grandes mudanças surgem dos inquietos, daqueles exploradores que questionam o mundo e visualizam oportunidades onde muitos só enxergam problemas. O sociólogo italiano Domenico de Masi observa que, antes de 1687, tantas maçãs caíram na cabeça de várias pessoas, mas só Newton soube deduzir a teoria da gravidade, porque há anos atormentava-se com o problema”, afirma o autor no livro.

Encaram o conflito interno (e saem do conforto)
Mas não basta apenas se incomodar. “O que vemos nas pessoas de um modo geral é que elas são visitadas de vez em quando por estes sentimentos, mas preferem não lidar com eles”, disse em entrevista à EXAME.com. “Já os naturalmente inconformados veem nisso um aliado”. Uma oportunidade para mudar o status quo, o mundo em que vivem.
Exatamente por encararem a fonte de incômodo, tais pessoas tendem a ter coragem suficiente para sair da própria zona de conforto. E isso é fundamental para que a realidade mude.

Não se focam nas recompensas
Para essas pessoas, segundo o especialista, as recompensas financeiras são apenas um efeito colateral das suas ações, nunca o objetivo. “Pesquisas comprovam que quem trabalha pensando apenas na recompensa tem um desempenho inferior. Quem não foca nisso, lida melhor com as frustrações e é mais criativo”, afirma.
Isso porque, ele explica, a base da motivação é o significado que o profissional confere aquilo que faz. Quem ficou deslumbrado com um aumento de salário no primeiro mês e, em pouco tempo, almejou outro reajuste sabe bem o que o ele está falando. Afinal, os desejos mudam e tudo encarece. A única coisa que permanece são seus valores.

Sabem tirar o melhor da escassez de recursos
De acordo com o especialista, quem integra este grupo tende a não ver os poucos recursos como um obstáculo, mas sim como uma oportunidade para inovar. A fundadora da Pastoral da Criança Zilda Arns é, segundo o autor, um exemplo claro disso. 
“Para combater a desnutrição infantil, ela criou a multimistura a partir dos ingredientes que já estavam disponíveis”, explica.

Encaram o fracasso como uma etapa par ao sucesso
“Fomos criados para dar certo, não para dar errado”, afirma Ribeiro. As pessoas de alto desempenho, contudo, não sucumbem a esta visão. “Elas sabem que o fracasso é uma condição para chegar lá”, diz.
E, por isso, segundo ele, elas erram intencionalmente, algumas vezes: “Elas produzem muito mais, erram muito mais”. Por conta disso, acertam muito mais também.

Aceitam as recompensas de longo prazo
Segundo estudo de um professor da Universidade de Stanford, crianças que conseguem resistir à tentação de comer um doce para ter uma recompensa maior no futuro têm mais condições de desenvolver uma carreira bem sucedida do que as impacientes.
Para provar isso, Michael Mischel (o responsável pela pesquisa) ofereceu um marshmallow a cada criança com uma regra clara: ela deveria esperá-lo sem comer o doce. Se não cedesse à tentação, ganharia como prêmio mais um doce.
Anos mais tarde, em 1981, as crianças que foram mais pacientes apresentaram uma postura mais positiva durante a adolescência. Eram mais motivadas, persistentes em situações difíceis e capazes de atrasar alguma recompensa em favor de seus objetivos de longo prazo.
De acordo com especialista, estas características são fundamentais para as pessoas de alto desempenho. Elas entendem que a excelência em alguma tarefa, por exemplo, leva tempo. E, como consequência, exige treino, experiência, paciência e persistência.

O sucesso tem outro sentindo
Para o grupo dos 5%, como Ribeiro chama no livro, sucesso não é sinônimo de poder, status ou dinheiro. Antes, sucesso é “você conhecer o seu propósito na vida, atingir seu potencial máximo e levar esta semente para outras pessoas”, afirma o especialista.

Editado por: Talita Abrantes Exame.com

segunda-feira, 8 de abril de 2013

COMO PREPARAR A EMPRESA PARA SUCESSÃO?

Realizar uma sucessão em qualquer empresa é um grande desafio, se for familiar ainda mais, pois as estatísticas mostram que apenas 5% das empresas familiares conseguem chegar à terceira geração.
Suceder líderes medíocres é fácil, o problema é substituir líderes reconhecidamente capazes e vitoriosos. Essas pessoas, muitas vezes, construíram sua empresa do zero e sentem enormes dificuldades em fazer a transição para membros da família ou mesmo para profissionais de fora, pois o sucesso aliado ao apego cria barreiras difíceis de serem ultrapassadas.
Seguem aqui algumas dicas de como preparar uma sucessão sem traumas.

1- Planeje com muita antecedência
Não espere ficar cansado ou doente para planejar sua saída. Uma boa sucessão começa a ser preparada com, no mínimo, 10 anos de antecedência, observando quem da família ou dos funcionários realmente tem aptidão para o cargo.

2- Treine os candidatos
Capacite ao máximo os candidatos à sucessão. Essa capacitação deve ser dada tanto por meio de treinamentos formais (graduação, pós-graduação, cursos in company), quanto informais, onde a pessoa passa por diferentes cargos e funções.

3- Analise as aptidões
Será fundamental que você analise não só os resultados que cada candidato obtém, mas também seus comportamentos no dia a dia. Estilo de liderança, postura diante de conflitos e flexibilidade para resolver problemas serão ótimos indicativos.

4- Evite conflitos desnecessários
A sucessão é uma corrida de obstáculos, não uma guerra. Deixe claro aos candidatos que não serão toleradas brigas pelo poder e quando houver discussões medie e intervenha para que não se transformem em conflitos irreconciliáveis.

5- Comece a delegar
Para conseguir passar o poder sem traumas e com baixo risco, comece a delegar cada vez mais funções importantes às pessoas mais qualificadas. Isso servirá como um teste, tanto para eles quanto para você. Bons resultados significam que você está no caminho certo.

6- Defina o sucessor
Se tudo correr bem, um ano antes de sua saída, eleja o sucessor oficialmente e passe aos poucos todas as suas incumbências e, onde houver dificuldades, acompanhe com mais intensidade.
Toda transição é complexa, mas, se bem conduzida, pode tornar a empresa ainda mais bem sucedida.

Eduardo Ferraz