"Excelência em gestão"

Empresa especializada em consultoria empresarial, treinamentos corporativos e reestruturação organizacional de micros, pequenas e médias empresas

terça-feira, 26 de junho de 2012

Stress: problema seu, da sua empresa e de toda a sociedade

Você está trabalhando muito, há algumas semanas, e se sente estranho. Mãos e pés meio frios, sensação de boca seca o tempo todo, dor de estômago insistente. De tempos em tempos, começa a suar muito, sem razão aparente. Se sente irritado, tenso. O coração bate mais rápido, os ombros estão tensos. A respiração parece de cachorro, de tão curta e frequente. As noites são mal dormidas, ou de insônia. O apetite tem dois extremos: fome nenhuma ou vontade de engolir o que vier pela frente, exagerando e repetindo, sem parar, às vezes até passar mal.
O volume de responsabilidades no trabalho aumenta, e as reações em seu corpo acompanham. Agora sua memória começa a falhar. Você sente formigamento em diferentes partes do corpo. Se sente mal, cansado, sem vontade. Sua pele fica estranha, e começam a aparecer irritações sem razão aparente. Sua cabeça dói, e a sensação é de muito sangue na cabeça, uma pressão como se estivesse de cabeça para baixo.
O tempo passa e o ritmo no escritório não muda. Você se sente desconectado da família e dos amigos. Sua vida sexual desaparece, sua digestão fica muito complicada. Resfriados surgem como se você tivesse 3 anos de idade e começando a ir para a escolinha, de tão frequentes. Dores de estômago fortes e diarreias acompanham sua rotina. O sono é sempre agitado, e se consegue dormir, os pesadelos estão sempre presentes. Alguns tiques nervosos aparecem. Uma sensação de bigorna, de frio no peito, de tristeza profunda acompanha seus dias. 
O cenário acima é desolador. E muito mais frequente do que imaginamos. Pode descrever o que eu, você ou certamente um colega de trabalho já sentiu ou está passando atualmente.
Na semana passada, estive em Porto Alegre por 5 dias participando de um Curso de Gerenciamento de Stress e depois de um Congresso Internacional de Stress no Trabalho, promovidos pela ISMA Brasil (International Stress Management Association). Ouvi, li e discuti muito a respeito deste quadro, suas razões e consequências. Uma oportunidade interessante para me aprofundar mais em aspectos da medicina e fisiologia, nas políticas e regras relacionadas à legislação, nos programas e iniciativas de empresas, nas estatísticas e gravidade crescente dos problemas relacionados ao chamado stress ocupacional – o stress causado pelo trabalho.
Pessoalmente, fiquei surpreso em saber mais sobre a gravidade do problema e o paradoxo de baixo investimento, bem como a incipiência que predominam na área. A começar pelos poucos patrocinadores do evento, bem como pelo espaço de estandes espartano e pequeno, com parcas empresas apresentando soluções e apoio para o desenvolvimento do segmento no país. O Congresso tem um viés científico interessante, com grande preocupação com bases estatísticas e respaldo comprobatório. Mas os estudos mais recentes datam de 2006, alguns de 2008, e grande parte das menções teóricas vem do início da década passada ou final dos anos 90.
Paradoxo estranho. Por um lado, baixo investimento, estudos pouco recentes, predominância acadêmica, pouca adesão e representatividade das empresas, segmento ainda em estágio inicial de sedimentação e profissionalismo. Por outro lado, custos astronômicos do stress ocupacional no mundo inteiro. No Canadá, a conta anual passa de U$ 14,4 bilhões (2001); na Europa, 20 bilhões de euros (2005); nos EUA, U$ 300 bilhões (segundo o American Institute of Stress, 2004). Notem que a dimensão é de bilhões. Bilhões de prejuízo, de recursos utilizados para correção de problemas, de baixa produtividade. Ou seja, impacto econômico, de desenvolvimento, financeiro, social e humano. Na média, 30% são custos médicos; 70% de efeitos na produtividade. No Brasil, estima-se que os custos estejam em torno de 3,5% do PIB (o que parece baixo ou mal medido quando olhamos para os números de outros países), sendo que pesquisas indicam que 70% dos nossos trabalhadores estão estressados, e 30% destes com chances de evolução para o chamado burnout (quadro extremo de falta de esperança, atitudes extremas, esgotamento,  despersonalização, afastamento do trabalho por longos períodos ou em definitivo).
Mas que tipos de custos são esses?
Bem, é preciso entender melhor o stress no trabalho e seu ciclo de consequências.
O stress é, na verdade, uma soma de características genéticas com um ambiente favorável para seu desenvolvimento. A frase de Collings (1983), resume bem o problema:  “Nenhum problema de saúde consegue escapar da influência de oito horas de trabalho.” Talvez em 1983 ainda fossem 8 horas, mas e agora, que enfrentamos média de 10 a 12 horas diárias? Todos temos predisposições genéticas, que podem ser gravemente reforçadas pelos males gerados pelos excessos no trabalho.
Tentando resumir: o stress pode ser bom ou ruim. Nós todos temos o comportamento de “luta ou fuga”, que é nossa reação natural ao lidar com uma adversidade que possa colocar em risco nossa sobrevivência. O perigo é se manter neste estado por períodos prolongados de tempo. Mas, que estado é esse?
Ao perceber um agente estressor (pode ser um leão na floresta, um ladrão entrando em casa, um chefe exigindo demais ou um volume muito grande de trabalho ou responsabilidade), nosso organismo reage automaticamente com a liberação de hormônios. Com isso, aumenta o nosso nível de glicose no sangue (mais energia, para o estado de luta ou fuga), a circulação passa a se concentrar mais no coração, cérebro e rins (de novo, os órgãos mais  importantes são privilegiados automaticamente para lutarmos ou fugirmos), a frequência cardíaca aumenta, idem para a pressão arterial, as pupilas se dilatam (para enxergarmos melhor). Ao mesmo tempo, nossa imunidade cai (fica secundária), a digestão piora (quem pensa em comer numa hora dessas?), idem para o desejo e capacidade de reprodução.
Pronto, um parágrafo simplório para tentar resumir o que acontece com nossa fisiologia quando estamos estressados (peço perdão público aos especialistas). Mas este resumo ajuda, inclusive, a entender os parágrafos iniciais deste texto, e o que podemos sentir em situações de stress no trabalho. De novo, o problema é a exposição prolongada a todos estes fatores.
Fica, então, mais fácil compreender os tais custos do stress:
1. Custos humanos: hipertensão, gastrite, problemas cardiovasculares, problemas mentais como neurose, depressão, aumento da incidência de câncer pela queda da imunidade, dependências químicas, alterações osteomusculares, envelhecimento precoce, consequências físicas e psicológicas, renda perdida devido à doença e seus efeitos na sociedade;
2. Custo para as empresas: presenteísmo (queda da produtividade de quem trabalha), perda de memória, absenteísmo (trabalhadores começam a faltar mais, o que gera novos custos como substituição, substituição não perfeita), efeito na produtividade da equipe, atrasos que causam penalidades para a empresa ou perda de oportunidades,  atrasos constantes, erros e acidentes de trabalho, invalidez (aguda ou crônica), ações trabalhistas, sabotagem (difícil de acreditar que as pessoas chegam a esse ponto), efeitos no ambiente organizacional, turnover, custos de treinamento de novos colaboradores, má gestão e assim por diante;
3. Custos para a sociedade: indivíduos alienados e doentes, sistemas de saúde onerados, baixa competitividade das empresas, famílias se desfazendo, suicídios (casos extremos e não tão incomuns quanto pensamos), uso abusivo de álcool e drogas, aumento do consumo de remédios tarja preta (o Brasil é um dos campeões mundiais de consumo de Rivotril), cidadãos cujo futuro de saúde e produtividade estarão sempre afetados.
Mas o que causa, efetivamente, stress nas pessoas, que pode adoecer as organizações e a sociedade?
Os chamados fatores estressores são muitos: carga excessiva de trabalho, longas jornadas, excesso de responsabilidades, excesso de demandas, falta de igualdade, hierarquia rígida, repressora ou autoritária, relações tensas, falta de autonomia, dificuldades de ascensão na carreira, ausência de um sistema de recompensa, conflito de papéis, ambiguidade de tarefas, e assim por diante…
As reações, então, são psicológicas (depressão etc.), fisiológicas (os tais hormônios) e  comportamentais (bebida, drogas, remédios etc.). E é logico que variam de pessoa para pessoa, pois todos temos diferentes formas de lidar ou reagir com situações adversas ou desafios no trabalho (o chamado coping). Outros aspectos dizem respeito a idade, sexo, estado civil (posso me sentir mais protegido por minha família ou ainda mais pressionado pelas responsabilidades de subsistência), personalidade (posso ser mais ou menos resiliente que meu colega, ter autoestima maior ou menor, ter uma postura mais ou menos negativa perante a vida e seus desafios, etc.), estilo de vida (prática de exercícios, nutrição, hábitos),bem como tempo de trabalho (mudanças de empresa ou posição sempre geram stress; muito tempo fazendo a mesma coisa, idem). Mas, principalmente: o tempo de exposição aos tais agentes estressores.
Ou seja, por quanto tempo podemos suportar a pressão anormal no trabalho, do ponto de vista psicológico, fisiológico e comportamental?
Como podemos ver, o quadro é sério, real e crescente. Com a globalização, os mercados cada vez mais competitivos e a era da informação, as empresas tem que produzir mais, dar mais retorno, com mais agilidade, mais inovação. A pressão é automaticamente passada para as pessoas, os trabalhadores. Começa então a espiral ascendente de desgaste, ônus para a saúde, custos humanos, empresariais e sociais.
Stress ocupacional é assunto sério, por tratar de seres humanos, de produtividade e custos para as empresas, de impactos na sociedade. Muito se fala em sustentabilidade hoje em dia. É preciso lembrar que a sustentabilidade começa com as pessoas, com os profissionais, que por sua vez compõem as organizações, as empresas e a sociedade produtiva.
Por isto tudo, é fundamental que mais e mais eventos como este da ISMA Brasil se repliquem, com mais profissionalismo e porte, com mais empresas e apoiadores, com mais cases sendo apresentados e debatidos.  Não é possível que somente tenhamos acesso a estatísticas de estudos estrangeiros e já não tão recentes. Não se pode aceitar que somente eventos de telecom, varejo ou formação de gestores, para citar alguns exemplos, tenham patrocinadores em peso e apoio profissional para crescimento e fomento do setor.
Temos, todos nós, trabalhadores, líderes e gestores, que investir na transformação e prevenção desta triste realidade de uma sociedade cada vez mais doente por consequência do stress do trabalho. A razão pode ser financeira ou humana, individual ou coletiva, empresarial ou social. Tanto faz. Mas é preciso colocar este tema na pauta de prioridade e ação de todos os interessados em construir uma sociedade mais saudável, produtiva e equilibrada.

terça-feira, 12 de junho de 2012

USE OS NUMEROS A SEU FAVOR E APRIMORE A GESTÃO FINANCEIRA

São Paulo - Donos de negócios em crescimento nem sempre dão a devida atenção às informações dos balanços. Os números, no entanto, podem ajudá-los a encontrar a solução para complicações financeiras.
Foi o que aconteceu com a empreendedora Akemi Akimoto, de 52 anos. Até pouco tempo atrás, ela se preocupava com a saúde de sua empresa, a rede de farmácias de manipulação Ao Pharmacêutico, de Santos, no litoral de São Paulo.
"Mesmo com as vendas crescendo, de vez em quando eu tinha de pedir empréstimos para pagar as contas", diz. Akemi só diagnosticou a causa do problema ao se debruçar sobre as demonstrações financeiras.
Ao comprar mais matéria-prima do que precisava, ela tirava recursos do capital de giro, que ficavam empatados no estoque. Veja alguns dos principais indicadores que podem ser extraídos dos balanços e como interpretá-los.

Giro do estoque
Para que serve: Para descobrir quanto tempo a mercadoria que está estocada demora para ser vendida.
Como calcular: Dividindo o valor do estoque pelo faturamento. Exemplo: se a empresa tem 100.000 reais estocados e vende 50.000 reais mensais, a mercadoria demorará cerca de dois meses para ser vendida.
O que o resultado mostra: Negócios em que o estoque gira lentamente podem enfrentar dificuldades financeiras. Isso acontece quando o empreendedor investe em produtos que vendem pouco, mantém preços menos competitivos que os dos concorrentes ou simplesmente compra mais do que precisa.
"Nessas situações, as receitas da empresa não entram no caixa a tempo de pagar os fornecedores", diz o consultor Artur Lopes, especializado em finanças para pequenas e médias empresas. "O empreendedor se vê obrigado a tirar recursos do capital de giro ou a pedir empréstimos para quitar as dívidas."
Quando fazer a conta: Mensalmente — mas é preciso tomar cuidado com distorções que podem acontecer em empresas que sofrem com a sazonalidade dos negócios.

Índice de liquidez
Para que serve: O índice de liquidez permite ao empreendedor saber se a empresa terá como pagar as contas no vencimento.
Como calcular: Dividindo o valor do ativo circulante — formado pelo dinheiro que a empresa tem em caixa mais os recursos que prevê receber no curto prazo — pelo passivo circulante, que é a soma das dívidas a pagar no mesmo período.
O que o resultado mostra: Quando a conta dá um resultado igual ou maior que 1, significa que a empresa terá recursos para honrar seus compromissos financeiros. Se o resultado for inferior a 1, provavelmente será preciso buscar dinheiro para quitar as dívidas — seja por meio de empréstimo, seja com a injeção de capital dos sócios.
Donos de negócios com baixo índice de liquidez precisam fazer uma avaliação para saber a causa do problema. Talvez a empresa esteja com despesas muito altas ou tenha se endividado além de suas possibilidades. "Nessas situações, pode ser preciso diminuir a folha de pagamentos ou renegociar as dívidas", afirma Márcio Iavelberg, sócio da consultoria Blue Numbers.
Quando fazer a conta: Mensalmente, para acompanhar a evolução do índice. 

Índice de rentabilidade
Para que serve: Para o empreendedor ser capaz de comparar o desempenho de sua empresa com o dos negócios concorrentes.
Como calcular: Basta calcular quanto do lucro líquido da empresa corresponde, percentualmente, ao faturamento líquido. Exemplo: se a empresa faturou 1 milhão de reais e lucrou 100 000 reais, seu índice de rentabilidade será de 10%.
O que o resultado mostra: Índices de rentabilidade baixos em relação ao mercado são um sinal de que algo não vai bem. “A empresa pode estar cobrando preços abaixo da média do mercado ou concentrando seus negócios em linhas de produtos pouco rentáveis”, afirma Lopes.
Quando fazer a conta: É recomendável analisar a lucratividade da empresa mês a mês. "Mesmo que as vendas estejam subindo, a rentabilidade pode cair", diz Artur Lopes. "Por isso, muitos empreendedores demoram para perceber o problema."

Ativo imobilizado
Para que serve: Para saber quanto dos recursos da empresa está aplicado em bens permanentes, que não podem ser transformados em dinheiro de uma hora para outra.
Como calcular: Deve-se calcular o valor dos bens imobilizados — como máquinas, imóveis, veículos e mobília — em relação aos demais ativos, incluindo estoques, dinheiro em caixa e contas a receber dos clientes. Exemplo: se a empresa tem 1 milhão de reais em ativos, dos quais 300.000 reais são permanentes, 30% do patrimônio está imobilizado.
O que o resultado mostra: Num negócio em expansão, o aumento na proporção do ativo imobilizado é um sinal de alerta. "A empresa pode estar comprometendo recursos que seriam essenciais para o crescimento", afirma Iavelberg.
Quando fazer a conta: Uma vez por ano, pelo menos.

Cecília Abbati, da



segunda-feira, 4 de junho de 2012

6 LIÇÕES DE QUEM NUNCA QUIS SER CHEFE - MAS PEGOU GOSTO PELA COISA

São Paulo – Hank Gilman começou a carreira pensando em ser um grande jornalista, dos que emplacam furos bombásticos e levam prêmios para casa. No meio do caminho, foi nomeado editor. E percebeu que, como si próprio, muitos profissionais viam-se à frente de uma equipe de uma hora para outra, sem jamais terem sido preparados para o papel de chefe. Quiçá de um bom chefe.
“Um repórter é basicamente um solitário que se preocupa apenas com o seu trabalho e com nenhum outro. É isso que se quer de um chefe? Estou certo de que o mesmo acontece com outros setores. Um ótimo vendedor não é necessariamente um grande gerente de vendas”, diz. Para abreviar o caminho das pedras aos que querem – ou são lançados – a cargos de liderança, ele decidiu colocar sua experiência de 20 anos como gestor no papel.
O resultado foi a publicação do livro “Você não pode demitir todo mundo”, recém-lançado no Brasil pela editora Saraiva. Nele, o atual editor-executivo da revista americana Fortune reconhece que um bom chefe entrega resultados. Mas para além de azeitar as engrenagens financeiras da empresa, também abre mão da sua vaidade e reconhece o mérito dos subordinados. Confira algumas de suas lições:
Cada um com seu talento
Em tempos de valorização dos profissionais multifacetados, há quem se esqueça que nem eles são exatamente bons em tudo que fazem. Para Gilman, um dos maiores talentos de um chefe é saber delegar tarefas para os funcionários certos.
“Todas as pessoas que trabalham para você têm defeitos. Para ser um bom gestor, é preciso trabalhar com essas pessoas imperfeitas e descobrir uma maneira de evitar suas fraquezas. Você deve valorizar o que elas fazem bem e deixar que o façam. Não peça a quem não sabe enterrar a bola na cesta que o faça. Por algum motivo, nós sempre pedimos ao mais baixinho que faça isso. Talvez ele seja muito bom no arremesso de três pontos; deixe que fique com isso!”, escreve.
Chefe e amigo? Não ao mesmo tempo Ser chefe, acredita Gilman, também é resignar-se com uma certa impopularidade. Embora diga que não é preciso ser totalmente distante e impessoal, o editor-executivo afirma que cargos mais altos costumam implicar amizades de menos. E é preciso saber viver com isso.  Em um trecho do livro, ele escreve que, na maioria das vezes, não dá para ter amigos íntimos na equipe se você é quem dá as cartas. “Se estiver realizando o seu trabalho da maneira esperada, invariavelmente terá de fazer algo que abalará a relação. Você fará avaliações de desempenho negativas, não os indicará para uma promoção, não sorrirá o suficiente quando abrir o presente de Natal que lhe deram ou os demitirá. Alguma coisa vai acontecer. Se você não fizer nada disso porque tem medo de brigar, então não está realmente desempenhando o seu trabalho.”Porque contratar amigos é uma roubadaQuem não estenderia o braço para aqueles por quem têm consideração? Se esse é o motivo que faz a oportunidade de contratar um amigo parecer brilhante, pense duas vezes. Por mais tentadora que pareça a ideia, ela poderá dissolver até os laços mais firmes de um relacionamento.“Em tempos de fartura você tem vagas para distribuir e, acredite, seus antigos colegas lhe pedirão trabalho”, afirma o editor-executivo da Fortune. “Mas logo aprenderá que há duas maneiras de perder amigos nesse processo: 1) Você dá trabalho para uma pessoa que não tem talento – e depois tem de demiti-la; 2) Você sabe que ela não tem talento e se recusa a dar o trabalho – e de certa forma quem acaba cortado é você, por causa do fim da amizade.” Um feedbach pode dor - mas
deve ser feito, Gilman sustenta que a maioria dos gestores é avessa aos feedbacks sinceros. E o porquê não é nenhum grande mistério. “A questão central de ser um chefe é dar ordem às pessoas a sua volta, ser o centro das atenções e distribuir boas notícias como aumentos, certo? Quem quer dar más notícias? Todos nós amarelamos”, reconhece.De qualquer forma, evitar qualquer tipo de avaliação pode se tornar um problema no futuro. Grande o suficiente para transformar uma demissão – que já é difícil por natureza – em um evento realmente traumático. Afinal, quem gostaria de ser dispensado sem nunca ter tido a oportunidade de melhorar em pontos que desagradavam a chefia? O valor de quem trabalha com qualquer coisa. Na visão de Gilmam, um bom parâmetro para avaliar um funcionário é perceber se ele veste um trapo com a mesma disposição que veste a camisa da empresa. Em outras palavras, o subordinado deve ser valorizado quando assume papéis secundários com o mesmo cuidado que dedica às tarefas de maior prestígio.“Um dos maiores erros das pessoas ao longo de suas carreiras é evitar empregos ou funções que consideram abaixo de suas capacidades. Ou então elas não se empenham em tarefas menores da mesma maneira que se empenhariam em incumbências maiores e mais complexas. Elas também podem se afogar em mágoas se não conseguirem o cargo que esperam alcançar. Não sei exatamente por que isso acontece. É da natureza humana. Prestar atenção a essa teoria também é ótimo na hora de contratar. Uma pessoa que não hesita em trabalhar nas trincheiras e aceita todo tipo de tarefa é uma boa aposta”, aconselha.Cada qual com sua fatia do bolo. Para justificarem salários mais generosos, os gestores têm que bater metas. A realidade, no entanto, é que não fazem isso sozinhos. Hank Gilman afirma que não dar o devido reconhecimento ao esforço da equipe é meio passo andado para perder seus melhores profissionais.“Há muitos chefes por aí que fazem coisas estúpidas. Mas a pior de todas elas é enganar o colaborador. Sabe como é: não dar aumento de salário para que seu lucro pareça melhor e seu bônus seja maior. Você barganha e desconta todas as despesas. Não paga valores de mercado. Como resultado, eles provavelmente não são leais e acabam saindo do emprego. E se não saem, acaba havendo animosidade”, resume.

Marcela Ayres. Exame.com

sexta-feira, 1 de junho de 2012

CONHEÇA PROGRAMAS QUE FACILITAM NA ADMINISTRAÇÃO DE BLOG

Conheça programas que facilitam na administração de blogs
Apesar de sites como Blogger, Wordpress e outros sistemas de blog darem amplo suporte e excelentes publicadores aos usuários, sempre é possível melhorar. Com isso em mente, desenvolvedores ao redor do mundo criam centenas de ferramentas que podem auxiliar o blogueiro a aumentar sua produtividade.

Há opções para download de ferramentas que fazem correção de posts, que editam e gerenciam textos offline, que fazem cadastramento em sites de busca de conteúdo de blogs. Veja dez softwares para blogar escolhidos pelo UOL Tecnologia e turbine seus posts.
Windows Live Writer
Programa que faz parte do pacote Live Essentials da Microsoft (do qual também fazem parte o Mail, o Messenger e o Movie Maker, entre outros), o Windows Live Writer permite que o usuário crie posts no computador e os suba diretamente para sistemas de blog, como Wordpress e Blogger. Tem suporte a textos, links e imagens. Gratuito.
Zoundry Raven
Outro editor e gerenciador de blogs. Ele conta com um sistema WYSIWYG (What You See Is What You Get), que dispensa o conhecimento de programação para o usuário incluir itens como links, tags, fotos e outros elementos em sua postagem. Tem recursos compatíveis com XHTML e pré-visualização de posts. Gratuito.
Blog Blaster
Ferramenta que inclui um blog nos principais sites de busca relacionados ao mundo blogueiro. Ele é compatível com os seguintes sistemas: Weblogs, NewsGator, Feed Burner, Pingomatic, Blo.gs, BlogRolling, Technorati e Feedster, entre outros. Uso gratuito limitado, somente para testes.
ScribeFire Blog Editor
Para usuários do Firefox, essa extensão facilita atualizar o blog diretamente do browser. O ScribeFire permite copiar e colar textos da web diretamente para blogs e páginas pessoais. Há a possibilidade também de postar comentários, além de criar anotações usando o próprio browser. Gratuito.
Tableau Public
Programa gera gráficos em Flash, que podem ser facilmente publicados em blogs e páginas pessoais. As representações criadas pelo Tableau Public podem ainda ser interativas, de forma que o visitante de seu blog escolha a forma como quer ver os dados. Gratuito.
UseShots Editor
Editor de textos para blogs que permite facilmente associar imagens ligadas ao assunto escrito no post. O UseShots Editor captura imagens e as inclui automaticamente nos textos. O programa tem interface simples de usar: basta clicar em "Start new article" e começar a redigir e ilustrar o artigo do blog. Gratuito.
Bytescout Post2Blog
Ferramenta para criar posts em blogs que dispensa a conexão à internet. Por meio dele, o usuário inclui imagens, vídeos, parágrafos e outros itens. O programa dá acesso ao Flickr e ao imageshack, para o envio de imagens. Gratuito.
Boomy Icons
Pacote com mais de 90 ícones coloridos, que podem ficar espalhados por sua página pessoal ou blog. A imagenzinhas que fazem parte da compilação estão em formato ICO e PNG. O tamanho padrão é de 48x48 pixel. Gratuito.
WinTumblr
Software cliente de Tumblr, sistema de blogs que se destacam pela facilidade em subir fotos e por ter grande apelo de redes sociais (usa o sistema de seguidores). O WinTumblr permite a publicação de textos, imagens, vídeos, links, citações, áudio. Gratuito.
Texefex
Cria efeitos em gradiente em textos de blog. Além disso, consegue converter imagens em texto. É possível usar as cores do arco-íris ou criar a própria matiz, de forma personalizada. Trabalha com formatos RTF e HTML. Uso gratuito limitado para testes.

Sérgio Vinícius
Do UOL, em São Paulo 31/05/2012