"Excelência em gestão"

Empresa especializada em consultoria empresarial, treinamentos corporativos e reestruturação organizacional de micros, pequenas e médias empresas

quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

Instrumento administrativo que define a estrutura organizacional bem como as responsabilidades inerentes a cada cargo, independente do porte ou segmento todas as empresas precisam de uma  estrutura formal que seja equitativa, justa e transparente deixando claro as regras e diretrizes corporativas.   

As principais ações que norteiam uma estrutura de cargos e salários são: análise e descrição das responsabilidades, estudo do grau de dificuldade e tempo gasto em cada tarefa executada, definição dos conhecimentos cognitivos necessários e pesquisas salariais.

Muitos gestores desconhecem ou não possuem um estudo sobre o tempo e Modus operandi das atividades diárias, quando esta informação não é clara o custo operacional tende a ser bem maior que o ideal, reduzindo a rentabilidade e a competitividade no mercado. É recomendável elaborar um trabalho minucioso envolvendo todos os subsistemas sobre o tempo e forma de execução de cada tarefa. A indicação é que seja feito um acompanhamento diário visando o conhecimento da dimensão real do grau de dificuldade, tempo e aproveitamento de cada profissional. Segundo estudo feito pela Salary.com um trabalhador chega a gastar em média 2 horas em uma jornada de 8 horas de trabalho com atividades paralelas que não possuem relação com suas atribuições diárias.  
Concluído o estudo e com as informações detalhadas em mãos o próximo passo para ter uma estrutura corporativa produtiva e eficiente é analisar o perfil de cada profissional a fim de saber se ele  possui ou não condições ideias de executar as tarefas e responsabilidades inerentes ao cargo. Se for preciso faça correções por meio de um job rotation ou até mesmo através de demissões, o importante é tomar as providências o mais rápido possível após a conclusão do estudo e conhecimento dos fatos.
As empresas que não possuem uma estrutura formal tendem a fazer contratações de forma subjetiva e até intuitiva, além de favorecer os apadrinhamentos,  a falta de informações acaba levando muitos gestores a cometerem erros gravíssimos nas contratações aumentando o custo operacional com o processo seletivo, treinamentos, demissões, absenteísmo e alta rotatividade.
A crise econômica tem levado muitos empresários a apertarem os cintos reduzindo seus custos e errar nas contratações pode ser um tiro fatal deixando a empresa fadada ao fracasso.

Marcelo Garcia


Especialista em Gestão de Crédito 

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017


Programa de benefícios e incentivos 
Identificar as reais necessidades dos colaboradores é uma das principais tarefas do RH antes de implantar um programa de benefícios e incentivos devendo fazer parte do planejamento estratégico, levando em consideração que os benefícios oferecidos podem atingir diretamente o comprometimento e a satisfação das pessoas refletindo nos resultados financeiros.

Existem várias formas de conceder benefícios, alguns são obrigatórios por lei como Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, Vale Transporte, Férias acrescidas de 1/3 e 13º salário, outros são concedidos através de convenções trabalhistas ou por livre decisão corporativa como: auxilio creche, auxilio farmácia, bolsa estudo, plano de saúde, carro, celular, cesta básica, cartão alimentação, cartão refeição, horários flexíveis, transporte fretados, parcerias com empresas locais, previdência privada, seguro de vida, plano odontológico e trabalho home office. 

Outros formatos legais podem e devem ser utilizados quando o assunto é motivação, são os programas especiais de recompensas e incentivos, "ganhar algo importante por realizar uma tarefa", reconhecimento profissional, viagens, prêmios, stock options, estadias com a família em resorts e muito mais. Também existe as bonificações que são pagamentos realizados por liberalidade do empregador como meio de agradecer ou reconhecer os serviços prestados pelo colaborador, exemplo: se ultrapassar a meta ganha bônus, quem compartilhar novas ideias e se essas forem implementadas recebe um valor adicional ao salário.

Para satisfazer as reais necessidades das pessoas é preciso saber o que realmente as motivam, a pirâmide de Maslow descreve uma hierarquia de importância e pode ser útil no planejamento da área de Recursos Humanos, ela demonstra de forma clara as principais necessidades dos indivíduos e a cada conquista como buscam subir para o próximo degrau, até que seja atingido seus objetivos pessoais e profissionais. Outra ferramenta estratégica é a Pesquisa de Clima Organizacional, quando bem elaborada e aplicada de forma anônima ajuda a demonstrar as principais necessidades, através dela é possível saber como pensam e agem os colaboradores, além de trazer mais uma série de informações uteis para tomada de decisões.

Vale salientar que antes de conceder qualquer tipo de benefício corporativo é fundamental analisar as questões legais a fim de mitigar riscos de passivo trabalhista, esta análise deve ser realizada em parceria com uma assessoria jurídica. 

Apesar da importância financeira na vida de qualquer profissional devemos lembrar que não são só os benefícios e incentivos que mantém as pessoas comprometidas e motivadas, existem outros fatores relevantes que ajudam manter a motivação e um bom clima organizacional como: respeito, oportunidade de desenvolvimento interno, ambiente agradável física e psicologicamente; boa iluminação; móveis com boa ergonomia; temperatura agradável; maquinas e equipamentos com tecnologias que suprem as necessidades profissionais; psicogeografia; organização; limpeza; higiene; equidade e transparência nas normas e procedimentos. De nada adianta oferecer um ótimo pacote de benefícios e incentivos se a empresa não valoriza o ser humano na sua essência.

Um ambiente saudável não pode deixar de lado a questão dos profissionais tóxicos, portanto livrem-se deles o mais rápido possível ou em breve irão contaminar toda a equipe, pois eles possuem uma incrível capacidade de influenciar negativamente as pessoas disseminando um clima pesado e ruim, esses “profissionais tóxicos” estão em todos os níveis hierárquicos e quanto mais alto o nível mais desastrosas são suas ações para a organização, muitas vezes não compactuadas com os valores corporativos.

É comum ver nas organizações excelentes profissionais sendo contratados pelos seus conhecimentos técnicos e demitidos por seus comportamentos. 

"As companhias mais admiradas e mais rentáveis compartilham de um denominador comum: pessoas felizes.” Richard Whiteley.


Marcelo Garcia

Especialista em Gestão de Crédito

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Processo seletivo de profissionais  
O processo seletivo pode ser realizado em diversos formatos podendo ser interno, externo, misto, com anúncios abertos, fechados e ainda através de videoconferências, não existe um padrão ideal, todos possuem vantagens e desvantagens, depende  da cultura organizacional, perfil da vaga disponibilizada e o grau de maturidade empresarial.

Para que o processo seja conduzido de forma assertiva é preciso ter a descrição formal de todos os cargos bem como suas remunerações, também é importante elaborar um conjunto de normas e procedimentos internos que visa estabelecer uma estrutura justa e eficiente. A partir daí é possível selecionar os perfis ideais para cada atividade.

Quando há políticas internas de recrutamento e seleção as indicações por interesses e apadrinhamentos tendem a diminuir, assim a empresa reduz custos e fica com a gestão profissionalizada, essas normas devem ser estendidas a todos, inclusive aos diretores e sócios.

O recrutamento é composto por um conjunto de técnicas e procedimentos que visam atrair os candidatos potencialmente qualificados e capazes de ocupar os cargos disponíveis em uma organização. A seleção é a escolha dos candidatos previamente recrutados que melhor atendem as necessidades dos cargos. 

Recrutamento interno é ideal quando a organização visa incentivar a permanência dos colaboradores, motivando e fortalecendo os relacionamentos, neste caso a reposição da vaga pode ser mais ágil, a socialização e integração é mais rápida pois a pessoa já está ambientada com os costumes da empresa. A desvantagem é o impedimento da entrada de novos profissionais que reciclam ideias e culturas.

Recrutamento externo ao contrário do interno possibilita a empresa introduzir novas ideias, renovar a cultura, trazer pessoas com conhecimentos e experiências diferentes o que ajuda o desenvolvimento organizacional. Como desvantagens pode gerar um clima de insegurança e desmotivação entre as pessoas. 

O recrutamento misto pode ser um processo adequado pois cria a possibilidade de crescimento profissional motivando as pessoas a permanecerem na organização por um período maior, elas sabem que serão valorizadas, também promove a oportunidade da integração de pessoas vindas de fora com novas ideias, experiências e culturas. Este tipo de mesclagem é fundamental para o desenvolvimento organizacional.

Anuncio aberto é utilizado quando a empresa que disponibiliza a vaga divulga o nome e outras informações adicionais como benefícios e até a remuneração, já no anuncio fechado não há identificação da empresa, normalmente este formato é mais utilizado quando a contratação exige sigilo absoluto por exemplo: quando a vaga já está ocupada por um profissional que ainda não sabe que será dispensado ou mesmo quando a empresa está passando por um processo de reestruturação e não quer divulgação pública.

O recurso de videoconferência é muito utilizado quando o candidato selecionado reside em outras localidades e até mesmo em países diferentes, mas independente da tecnologia utilizada a entrevista pessoal não deve ser dispensada, mesmo que seja na última etapa. Olhar nos olhos do candidato ainda é muito importante.

A descrição do cargo precisa espelhar a realidade das atribuições e responsabilidades, assim fica mais fácil definir o perfil exato do candidato como: o tipo de experiência necessária, faixa etária ideal, exigências físicas, formação educacional mínima e necessidades de treinamentos. 

Com essas informações disponíveis o recrutador disponibiliza a vaga ao mercado e seleciona os currículos que possuem maior afinidade com as atividades a serem desenvolvidas.

Após a seleção vem o momento da entrevista, é hora de conhecer o candidato, explore ao máximo o seu conhecimento técnico e intelectual, inclua testes psicológicos. Se aprovado, procure tirar informações em empregos anteriores, os ex-gestores costuma ser ótimas referências. Faça perguntas poderosas para saber se o candidato é de fácil relacionamento, responsável, ético e comprometido. Com essas qualidades intrínsecas as contratações tendem a ser mais assertivas.

“Contrate caráter, treine habilidades“. Peter Schutz

Contratar um profissional sem tomar os devidos cuidados pode ser uma roleta russa, se houver falhas no processo é provável que o desempenho corporativo fique comprometido aumentando a rotatividade, absenteísmo e consequentemente o passivo trabalhista, quando ocorre este erro um novo ciclo oneroso para a empresa se inicia coma repetição de todo o processo de recrutamento, seleção, treinamento, tempo de reposição da vaga, retrabalho e adaptação do novo colaborador, que pode ou não se adaptar a cultura organizacional. 

Veja como a contratação equivocada pode causar sérios prejuízos interferindo diretamente no resultado financeiro, levando em consideração as margens apertadas que as empresas trabalham, principalmente em momentos de crise. Também é preciso considerar todos os reflexos negativos que a alta rotatividade pode causar.   

Infelizmente é comum ver profissionais sendo contratados pela capacidade técnica e na sequência demitidos por seus comportamentos. 

“Tecnologia hoje é commodity. O que faz a diferença são as pessoas. Por isso, as empresas inteligentes têm investido cada vez mais no treinamento e montado seus estoques de conhecimento, o que traz velocidade e renovação constante aos negócios.”(Mário Sergio Cortella)

Fonte: Marcelo Garcia

Especialista em gestão de crédito


terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Gestão do Capital Intelectual Humano
A área de recursos humanos é uma das principais responsáveis pelo bem estar e desenvolvimento das pessoas dentro da organização, quando executada de forma estratégica aliada aos objetivos corporativos traz como consequência uma série de benefícios positivos como: melhor qualidade de vida e  trabalho; redução do absenteísmo e rotatividade; redução do custo com treinamentos, contratações e demissões; aumento da receita financeira e consequentemente aumento na rentabilidade tornando a empresa mais competitiva frente ao mercado uma vez que todos convergem para um único objetivo que é o crescimento e a perenidade dos negócios.

A gestão de pessoas pode ser dividida em subsistemas, que trabalham em conjunto um com o outro, sempre buscando os mesmos objetivos que é a elaboração de políticas internas visando atrair, reter e desenvolver os melhores talentos. Em relação a nomenclatura utilizada não há uma definição específica, cada empresa define qual utilizar, as mais usuais são Departamento Pessoal e Recursos Humanos, outros nomes bastante utilizados Desenvolvimento Humano, Gestão de Pessoas, Capital Humano, Desenvolvimento Organizacional e Gestão do Capital Intelectual Humano.  

Neste conceito de gestão as responsabilidades são divididas em subsistemas sendo que um fica responsável pela administração das rotinas burocráticas trabalhistas e relacionamentos sindicais, um segundo assume a responsabilidade de desenvolver políticas e ações que visam reter os melhores profissionais, também poderia ficar responsável pelas estratégias de recrutamento e seleção. 

Seguindo esta mesma linha um terceiro subsistema ficaria responsável por descrever e analisar os cargos e salários, definir perfis e características ideais para cada tipo de atividade, elaborar a estrutura organizacional, organizar treinamentos, aplicar pesquisas de clima organizacional e avaliação de desempenho. Também poderia desenvolver planos de carreira para que os profissionais atuem com maior responsabilidade e entusiasmo, uma vez que saberão exatamente o que a empresa espera e o que é preciso para galgar um crescimento profissional.

A estrutura organizacional depende de alguns fatores como: recursos financeiros, porte, número de empregados, volume de trabalho e o grau de maturidade empresarial. A divisão das atribuições e responsabilidades não devem ser engessadas, porém é sempre bom dividir a área em subsistemas a fim de agilizar os processos internos e melhorar a qualidade da gestão do capital intelectual humano.

"Contrate caráter, treine habilidades".  Peter Shultz

A gestão de pessoas quando atua estrategicamente pode construir uma base sólida para o futuro pensando no crescimento e perenidade dos negócios. Por outro lado, quando não há esta visão a organização corre o risco de ficar fadada ao fracasso levando em consideração que o suporte de uma empresa bem-sucedida são as pessoas que nela trabalham.

Dificilmente uma organização sobrevive ao tempo sem uma equipe extraordinariamente competente, comprometida, criativa e principalmente bem recompensada. 

“Tecnologia hoje é commodity. O que faz a diferença são as pessoas. Por isso, as empresas inteligentes têm investido cada vez mais no treinamento e montado seus estoques de conhecimento, o que traz velocidade e renovação constante aos negócios. ” Mário Sergio Cortella


Fonte: Marcelo Garcia


terça-feira, 21 de novembro de 2017

Movimentos cíclicos corporativos. Crise x Oportunidade
“Os grandes navegadores devem a sua reputação aos temporais e tempestade” Epícuro
A crise financeira sem precedentes que atingi o Brasil prejudica o desenvolvimento econômico e traz uma série de consequências negativas fechando milhares de empresas, postos de trabalho e deixando milhões de pessoas desempregadas, porém para alguns setores da economia a situação pode ser de grandes oportunidades, como o caso dos escritórios de consultorias e profissionais liberais com expertise em gestão.
As empresas vão ter que passar por reestruturações, repensar suas estratégias e talvez mudar o rumo se quiserem sobreviver.  Momentos como esse são ideais para pensar diferente e promover as mudanças necessárias.  
Ações como: rever a forma de controlar as finanças; inovar; reduzir custos; aumentar a eficiência operacional; reinventar a área comercial; criar novos produtos; repensar a relação com a comunidade, clientes, parceiros, colaboradores e meio ambiente serão de extrema importância para quem pretende seguir em frente.    
O custo para manter um profissional experiente para conduzir um processo como este e ainda gerar mudanças positivas geralmente é muito alto, a terceirização vem como alternativa para muitas empresas que precisam melhorar a gestão investindo de acordo com as suas realidades financeiras. .  
Muitas organizações já estão se preparando para o pós crise, ou seja, novas oportunidades de negócios estão surgindo, em breve o país voltará a crescer, afinal, esta não é a primeira e nem será a última crise que passamos, o Brasil já passou por diversos momentos de instabilidade e sempre voltou a crescer, cada vez mais forte, afinal somos uma das maiores economias do mundo.
É realidade que muitos negócios vão desaparecer e felizmente outros irão surgir em movimentos cíclicos corporativos, vai sobreviver quem estiver melhor preparado e adaptado as novas tendências de mercado.  
E a sua empresa está preparada para a nova fase que está surgindo?

"Não há mal que sempre dure nem bem que nunca se acabe" 

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Auditoria
A auditoria consiste em analisar os documentos contábeis de uma organização seja ela com fins lucrativos ou não garantindo a veracidade das informações registradas e também para examinar se as normas e procedimentos internos estão sendo cumpridos na íntegra. 

Quando aplicada periodicamente a auditoria reduz a incidência de ações fraudulentas, mitiga riscos e evita prejuízos, pois mantém as pessoas sempre alertas e mais atentas no desenvolvimento de suas responsabilidades. O processo pode ser realizado por profissionais interno, externo ou mesmo misto, o mais recomendável é que o seja conduzido de forma mista, sendo, uma auditoria interna e a outra externa no mínimo uma vez ao ano ou sempre que houver necessidade.  

“A auditoria é um controle administrativo cuja função é medir e avaliar a eficiência dos outros controles” Cordeiro

Para realizar a auditoria de forma legal é preciso que o profissional seja capacitado, possua formação em contabilidade e registro nos órgãos competentes, porém nada impede que o próprio gestor ou dono do negócio realize auditorias periódicas, mesmo que seja de maneira informal, o importante é mostrar que existe controle, que alguém está olhando, Neste caso basta eleger as principais contas contábeis como: caixa, bancos, aplicações, contas a receber, créditos concedidos, estoque, máquinas, equipamentos, utensílios, veículos, contas a pagar, linhas de financiamentos, taxas e juros negociados, descontos, abatimentos, conferência das obrigações trabalhistas e demais conformidades legais, após escolher as contas é só realizar o exame.

Caso o auditor seja terceirizado é recomendável substitui-lo a cada quatro ou cinco anos para que não haja vícios e influências internas.

Os ativos  tangíveis por serem muito voláteis precisam de cuidados especiais  tais como: verificar as ocorrências de depreciações e se os mesmos estão em boas condições de uso, também é preciso conferir se encontram disponíveis dentro da empresa conforme o registro contábil.   

No processo de auditoria não pode ser negligenciado os contratos com parceiros comerciais cujo a finalidade é garantir que as condições acordadas entre as partes sejam cumpridas à risca, no momento em que uma das partes fica insatisfeita e decide valer de seus direitos judicialmente é que se descobrem falhas e cláusulas mal elaboradas.

Em relação aos contratos, é preciso revisar todos firmados com terceiros, inclusive instituições financeiras a fim de detectar falhas, cláusulas abusivas e reduzir os custos operacionais. A revisão deve ser feita em parceria com uma assessoria jurídica para que os aspectos legais sejam observados. Se for apontado algo que possa prejudicar a empresa , faça novas negociações e os ajustes necessários o quanto antes.

Quando a empresa possui a cultura de realizar auditorias periodicamente acaba mitigando riscos com desvios, fraudes e também reduz os custos operacionais, proporcionando aumento na receita e consequentemente maior lucratividade, tornando-a mais competitiva no mercado.

O patrimônio empresarial e familiar deve ser observado e cuidado bem de perto, aqui vale a máxima que "O olho do dono é que engorda o gado".  

Marcelo Garcia

Especialista em gestão de crédito 

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Planejamento financeiro pessoal
O mês nem bem começou e seu dinheiro já acabou? A dica para você se livrar das dívidas e voltar a ter dinheiro no bolso o mês inteiro é elaborar um bom planejamento financeiro anotando diariamente tudo que é gasto por menor que seja a despesa, criar este hábito ajuda a ter mais controle, disciplina e visão geral para aonde o seu dinheiro está indo.  
Para conhecer a realidade é preciso diferenciar a situação econômica da financeira. A econômica tem a ver com os bens patrimoniais, em contrapartida a situação financeira está relacionada com o que  você ganha e gasta, receitas e despesas, é composto pelo orçamento mensal. Ter um boa situação econômica nem sempre quer dizer ter uma boa situação financeira.
Após esta análise é hora de montar o seu fluxo de caixa de forma simples e objetiva, basta anotar o valor da receita, ou seja, tudo que você receberá durante o mês e em contrapartida relacionar todas as despesas. Exemplo: se o seu caso for de um profissional assalariado em regime CLT, com remuneração fixa mensal, como a maioria dos brasileiros, soma o valor do seu salário líquido e diminui todas as despesas que terá durante o mês, a diferença do saldo pode ser positiva quando sobra dinheiro ou negativa quando falta. No caso de sobra o ideal é guardar na poupança, apesar do baixo rendimento ainda é uma aplicação segura e de fácil liquidez, caso falte dinheiro é prudente reunir a família para repensar e refazer as despesas mensais e ver o que pode ser cortado, com certeza terá algo que poderá ser eliminado e que não lhe fará falta, são os chamados gastos supérfluos, desnecessários, muitas vezes consumidos no calor da emoção ou por impulso. Lembre-se o apoio da família neste momento é fundamental para organizar as finanças.
Como são numerosas as coisas sem as quais posso passar" Sócrates
Para ter uma situação financeira estável é preciso muita disciplina e compor uma reserva pensando no futuro, quem sabe até para uma aposentadoria tranquila. Também é preciso pensar nos imprevistos que podem acontecer como perda inesperada do emprego ou problemas de saúde, afinal todos estamos sujeitos. Parte da reserva servirá para cobrir os gastos adicionais do início do ano onde as despesas costumam ser mais altas já que temos compromissos com pagamento de impostos, matriculas, material escolar, presentes, roupas, festas e viagens. 
Sabemos que é muito difícil poupar, nossa cultura não tem por hábito guardar dinheiro para o futuro, pois vivemos em um país extremamente consumista e imediatista influenciados pela mídia de massa. Infelizmente uma realidade.
Um método simples de forçar o orçamento e que ajuda a poupar é separar em média 15% do ganho líquido logo após o recebimento do salário, aliás no dia do recebimento, como se fosse um compromisso, uma dívida onde o principal credor é você mesmo.
Também é interessante elaborar uma planilha discriminando todas as suas despesas separadas por grupo de gasto. Separe e relacione as despesas com moradia, alimentação, saúde, veículo, transportes, educação, impostos, cuidados pessoais, lazer, vestuário e diversos, esse controle vai demonstrar como seu dinheiro está sendo gasto, assim fica fácil visualizar onde a despesa é maior ou menor.
Para aqueles que pretendem organizar as finanças e ter uma qualidade de vida melhor é fundamental montar um controle diário de todos os gastos, anotando em um papel de bolso ou agenda tudo que é gasto, inclusive as menores despesas como um cafezinho no boteco, a princípio parece uma tarefa árdua mais com o tempo passa ser tão normal que você nem vai perceber, o primeiro mês é o mais complicado pois não estamos acostumados a controlar nossos gastos, policiar nossas despesas, no segundo começamos a acostumar com a ideia a partir do terceiro vira um hábito até prazeroso.
“A repetição leva a perfeição”
Com os dados em mãos e após fazermos uma análise detalhada de todos os gastos vem a surpresa, o valor com objetos supérfluos e principalmente em pequenas coisas desnecessárias são muito maiores que pensávamos.
Saber economizar é o primeiro passo para conquistar a tão sonhada “liberdade financeira", isso não quer dizer que não podemos gastar com o que nos faz bem, temos sim este direito e devemos, pois, sem algumas extravagâncias de vez em quando podemos até perder a motivação do trabalho. Podemos gastar, porém com parcimônia.
A partir do momento em que você coloca as finanças em dia, ou seja, começa a planejar os gastos de acordo com os ganhos, é possível poupar e gastar de maneira saudável proporcionando uma  melhor qualidade de vida a você e sua família. 
Em determinados momentos, desde que com planejamento, podemos nos dar ao luxo de fazer algo que nos traga prazer, como almoçar em um bom restaurante, comprar um perfume de qualidade, proporcionar uma viagem de lazer com a família, trocar de carro, comprar um presente para alguém especial que amamos e muito mais, nada disso é errado ou pecado, apenas temos que ter cuidado, analisar sempre o fluxo de caixa que neste caso irá funcionar como se fosse uma "bola de cristal". Ao consultarmos nossa planilha de receitas e despesas teremos a resposta se podemos ou não fazer tal extravagância ou então quando poderemos realiza-las.
A princípio poupar 15% da receita líquida parece impossível, mais a partir do momento em que temos um controle de tudo que gastamos o grau de dificuldade diminui, se aliado a um planejamento orçamentário familiar podemos então pensar tranquilamente em fazer o famoso “pé de meia” ou "encher o colchão" como falavam os antigos. Poupar para o futuro é garantia de liberdade, segurança e estabilidade no presente.
Marcelo Garcia
Especialista e gestão de crédito e riscos 


Obs. Caros leitores, se quiserem receber uma planilha de orçamento pessoal, faça uma solicitação pelo e-mail mar_230@yahoo.com.br que enviarei sem custo. 

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

O cartão de crédito como aliado nas finanças pessoais
O endividamento das famílias brasileira tem crescido nos últimos anos, segundo pesquisa divulgada pela CNC em agosto de 2017 o percentual de famílias endividadas atingiu 58,4%, maior índice dos últimos 07 anos, a maior parte desta dívida está relacionada ao uso do cartão de crédito, modalidade apontada comum dos principais tipos de dívidas por 76,4% das famílias endividadas, seguida pelo Carnê 15,8% e Crédito Pessoal 10,6%, porém quando o cartão de crédito é utilizado de forma planejada pode ser um forte aliado no orçamento familiar, desde de que, a fatura seja paga no vencimento. É possível concentrar boa parte das despesas mensais em uma única fatura e em um único vencimento facilitando a análise e controle dos gastos. Vale lembrar que é preciso muito cuidado, pois quando utilizado sem critério se torna uma ferramenta perigosa e destrutiva, a grande armadilha é acreditar que o limite do cartão faz parte da renda mensal.
Para quem possui esse tipo de dívida é recomendável substituí-la por outras linhas menos onerosas o mais rápido possível, um bom exemplo é trocar pelo empréstimo pessoal consignado, que tem uma taxa de juros mais acessível podendo ser inferior a 25% ao ano, os juros do cartão de crédito é o mais alto do mercado. Em agosto, segundo dados do BC, a taxa média foi de expressivos 397,4% ao ano.
Com a substituição da dívida, agora com juros bem menores, vale a pena fazer um planejamento orçamentário e elaborar um fluxo de caixa, esta ferramenta permite prever o valor em dinheiro que estará disponível em determinada data. Com os números em mãos e as finanças organizadas você poderá efetuar as compras com segurança sabendo que terá condições de honrar os compromissos assumidos em seus respectivos vencimentos fugindo da necessidade de parcelar a fatura ou mesmo ficar inadimplente. 
Ao negociar a troca de dívida do cartão é preciso saber se realmente poderá honrar os compromissos assumidos antes de fechar o negócio, neste caso o fluxo de caixa é a ferramenta ideal para ajudar e demonstrar até quanto você poderá assumir em dívidas e qual o dia ideal para vencimento da fatura, é preciso lembrar também que as despesas vão continuar, inclusive os imprevistos, por isso não é aconselhável comprometer um percentual muito alto em relação aos rendimentos.
Para elaborar um fluxo de caixa de forma simples e objetiva basta anotar o valor da receita, ou seja, tudo que receberá durante o mês e em contrapartida relacionar todas as despesas. Exemplo: se for o caso de um profissional empregado CLT que possui remuneração fixa mensal como a maioria dos brasileiros, soma o valor do seu salário líquido e diminui as despesas, a diferença é o saldo, que pode ser positivo quando sobra ou negativo quando falta dinheiro. No caso de sobra o ideal é guardar em uma poupança, que apesar do baixo rendimento é uma aplicação simples e segura, caso falte dinheiro é prudente repensar as despesas e ver o que pode ser cortado, com certeza terá algo que você poderá cortar e que não fará falta, são os chamados gastos supérfluos, desnecessários, muitas vezes utilizados no calor da emoção ou por impulso.
"Como são numerosas as coisas sem as quais posso passar" Sócrates
O crédito quando utilizado de forma responsável e consciente é um grande propulsor do desenvolvimento econômico e social, a economia brasileira tem demonstrado a importância desta modalidade pelo expressivo crescimento na utilização do cartão de crédito, modalidade mais utilizada pelos brasileiros, citada por 83% dos consumidores segundo pesquisas divulgadas pelo SPC Brasil. Este dado mostra a dimensão e importância do cartão e do crédito.  
O cartão de crédito como conhecemos hoje existe no Brasil desde 1950, porém na década de XX já existia este conceito nos E.U.A. que era utilizado por donos de postos de combustíveis, hotéis e outros tipos de estabelecimentos comerciais. O primeiro cartão de crédito foi o Diners Club Car, inicialmente aceito em 27 restaurantes e com 200 clientes a maioria executivos, dois anos mais tarde foi lançado o cartão internacional na época aceito em restaurantes e hotéis. Cinco anos após o surgimento o cartão já era aceito em mais de 50 países.


Fonte: Marcelo Garcia 

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

A difícil arte de delegar
Um grande dilema que todos os empresários terão que enfrentar em algum momento da carreira é o processo de dividir o conhecimento e a administração da própria empresa, muitos resistem a esse momento e procrastinam o máximo que podem. Receios como: fraudes, erros, perda de controle e principalmente a falta de profissionais qualificados para assumir cargos estratégicos estão entre os principais motivos para esse adiamento. Conforme o negócio vai crescendo fica praticamente inviável controlar tudo o que acontece internamente. Delegar não quer dizer deixar o poder nas mãos de terceiros, mas sim ter a capacidade de dividir as responsabilidades e se concentrar mais nas questões estratégicas e menos no operacional.
Os empresários costumam centralizar demais o poder e acabam prejudicando as operações diárias. Pensar de forma estratégica e compartilhar o conhecimento é fundamental para o crescimento e o desenvolvimento organizacional, em alguns casos esse tipo de comportamento é tão importante que chega a fazer a diferença entre a sobrevivência ou não dos negócios.
Para que o processo seja conduzido de forma eficiente é preciso criar ações em que os colaboradores sintam parte do todo, motivados e estimulados, buscando aprimorar a cada dia seus conhecimentos e habilidades para se tornarem lideres capazes de continuar a história sem comprometer o futuro da organização. 
Um bom líder precisa ser capaz de ter ao seu lado os melhores profissionais, assim ele não precisa ser especialista em todas as áreas, pois terá uma equipe competente a fim de somar e executar as principais tarefas consideradas estratégicas.
Á área de recursos humanos é uma grande aliada nesse momento, tendo em vista que ela possui a expertise e todas as ferramentas necessárias para identificar e indicar as melhores cabeças com os perfis mais adequados a cada tipo de atividade. Feita a indicação o próximo passo é montar um plano de desenvolvimento especifico para os futuros líderes com foco em gestão estratégica.
Com essas ações estruturadas e em prática o principal executivo poderá priorizar seu tempo criando ações para o crescimento e perpetuação dos negócios. Afinal essa deveria ser a sua principal missão.

“A maneira certeira de um executivo se matar é negar-se a aprender como, quando e para quem delegar trabalho”. James Cash Penney


Marcelo Garcia 
Descrição e análise de cargos
Instrumento que define a estrutura organizacional e as responsabilidades inerentes de cada cargo. Independente do porte ou segmento de atuação todas as empresas precisam definir uma estrutura formal de cargos e salários que seja equitativa, justa e transparente deixando claro todas as regras e diretrizes corporativas.    

As principais ações que norteiam a estrutura de cargos e salários são: pesquisa detalhada das atribuições, estudo do grau de dificuldade de cada tarefa executada, medição do tempo gasto por tarefa, definição dos conhecimentos necessários e pesquisas salariais.

Muitas empresas desconhecem ou não possuem um estudo sobre o tempo e Modus operandi das suas atividades diárias, quando esta informação não é clara o custo operacional tende a ser bem maior do que o ideal, reduzindo a rentabilidade e a competitividade no mercado. É recomendável elaborar um trabalho minucioso envolvendo todos os subsistemas sobre o tempo e forma de execução de cada tarefa. A indicação é que seja feito um acompanhamento diário visando saber a dimensão real do grau de dificuldade, tempo e aproveitamento de cada profissional. Segundo estudo feito pela Salary.com um trabalhador chega a gastar em média 2 horas em uma jornada de 8 horas de trabalho com atividades paralelas que não possuem relação com suas atribuições diárias.  
Após concluído o estudo e com as informações detalhadas o próximo passo para ter uma estrutura eficiente é analisar o perfil do executor afim de saber se o mesmo possui as condições ideais de executar as tarefas e responsabilidades inerentes ao cargo. Se for preciso faça correções.
Quando a empresa não possui essas informações estruturadas as contratações tendem a ocorrer de forma subjetiva e até intuitiva, o que acaba levando muitos gestores a cometerem erros graves e equivocados aumentando o custo operacional com contratações, treinamentos, demissões, absenteísmo e rotatividade. 
Não possuir uma estrutura formal de cargos e salários pode deixar a empresa fadada ao fracasso.


Marcelo Garcia 
Incorporação das boas práticas da governança corporativa em pequenas e médias empresas

Independente do porte, segmento ou tempo de atividade todas as empresas podem e devem incorporar as boas práticas de governança, mesmo que no início seja de maneira informal preparando uma base sólida e transparente para o futuro.

Antes de iniciar o processo é imprescindível fazer um diagnóstico organizacional levando em consideração a realidade, limitações e individualidades internas para só então dar os primeiros passos. Para as empresas que não possuem recursos financeiros é possível se adaptar de acordo com as suas condições e necessidades, algumas ações não têm custo e podem ser implantadas com facilidade elevando a qualidade da gestão, outras requerem maturidade, planejamento e um determinado grau de investimento. É importante que todo o processo seja conduzido de forma planejada, transparente e objetiva para que não corra o risco de ser interrompido de forma prematura. Também é preciso contar com o apoio e o envolvimento de todos do mais alto ao mais baixo escalão, principalmente da família, sócios e herdeiros.

Principais ações:
  • Formar um conselho consultivo com profissionais especializados internos e/ou externos das atividades-fim.   
  • Elaborar indicadores de performance a fim de monitorar a eficiência da gestão.
  • Preparar relatórios de gestão com informações claras, tempestiva e seguras.   
  • Definir regras para contratação de gestores.
  • Separar gestão, família e propriedade.  
  • Definir valores de pró-labore.
  • Estruturar um plano sucessório para o principal gestor e para os cargos chaves, contendo regras claras e transparentes.
  • Criar políticas, normas e procedimentos internos a fim de padronizar as atividades e mitigar riscos .  
  • Realizar periodicamente auditorias com auditores internos e externos.
  • Analisar de forma sistêmica as opções de investimentos e captação de recursos financeiros.
  • Auditar com auditores externos as Demonstrações Financeiras.
  • Criar um comitê interno para tratar de assuntos relacionados a sustentabilidade.
  • Estabelecer meios de comunicação interno e externo a fim de prover as principais informações corporativas.
  • Definir ou ajustar de acordo com a realidade da empresa a missão, visão e valores.
  • Gerar uma cultura interna de visão a longo prazo definindo metas mensuráveis e alcançáveis.  
  • Definir a estrutura organizacional contendo cargos, salários, responsabilidades e subordinações.
  • Estabelecer políticas transparentes para contratações, promoções, demissões e aumentos salariais a fim de evitar erros de subjetividade, sentimentalismo e apadrinhamentos.
  • Criar ações motivacionais para que os colaboradores possam sentir orgulho do lugar onde trabalham e para que todos sintam vontade de crescer e se desenvolver internamente.
  • Promover ações e políticas internas de recursos humanos a fim de valorizar a boa convivência entre os colaboradores e familiares.
  • Elaborar periodicamente pesquisas de clima organizacional para conhecer a percepção que os colaboradores estão tendo em relação a gestão, empresa, sócios e colegas de trabalho.
  • Propiciar a equidade entre todos e garantir que a diversidade será respeitada dentro e fora da organização independente da cor, credo, etnia ou opção sexual punindo os casos de discriminação e preconceito

Com o agravamento da crise financeira e a falta de ética na gestão das instituições públicas e privadas fica claro a necessidade de estabelecer ações voltadas ao controle e monitoramento das atividades. O nome da família, a empresa e o patrimônio devem ser preservados acima de tudo a fim de manter a confiabilidade do mercado e a perenidade dos negócios.


“Para ter um negócio de sucesso, alguém, algum dia, teve que tomar uma atitude de coragem”. Peter Drucker 
Formação do Conselho de Administração 
Pessoas eleitas ou designadas, que conjuntamente supervisiona as atividades de uma organização.

Quais os principais motivos para implantar o conselho de administração?
Implantar práticas de Governança Corporativa
Transmitir segurança na gestão
Transmitir mais transparência para os acionistas, clientes, fornecedores e empregados

Formalização do conselho de administração
Definição em Ata dos critérios e atribuições para fazer parte do conselheiro

Experiências necessárias para conselheiros
Experiência profissional na área de atuação
Boa índole
Fácil relacionamento
Devem possuir competências alinhadas ao objetivo e cultura da empresa
Conhecer o segmento em que a empresa atua

Quem pode ser membro do conselho administrativo?
Representantes das famílias dos sócios
Profissionais especializados em assuntos relacionados as atividades da empresa
Especialistas em gestão

Quando a empresa precisa formar um conselho de administração
Quando as operações da empresa começam a ficar mais complexa
Quando a empresa começa a crescer e expandir suas atividades
Quando os sócios divergem sobre rumo a ser tomado pela empresa.
Quando muitos familiares no quadro funcional
Quando a empresa pretende profissionalizar a gestão 
Quando a empresa tem intenção de abrir capital 

Deliberações
Elaborar as normas, políticas e procedimentos internos
Analisar os relatórios de performance
Trazer novas ideias e sugestões para dentro da organização
Participar das decisões do planejamento estratégico
Orientar e solucionar problemas relacionados a sua área de atuação
Aporte de capitais
Melhores investimentos

Períodos de reuniões
Mensalmente em datas e horários pré-estabelecidos
Reuniões extraordinárias sempre que houver decisões importantes ou urgentes.

Remuneração
O pagamento pode ser fixo, por reunião, por resultado ou a critério da empresa

Estrutura
Presidente do conselho
Conselheiro financeiro e administrativo
Conselheiro especialista nas áreas de atuação da empresa
Secretário do conselho que será o responsável por redigir atas, agendar reuniões, entrar em contato com os conselheiros, reunir materiais para as reuniões entre outras atividades.
Formação em números impares para não haver empate nas decisões

Principais problemas para os sócios quando o conselheiro não faz parte da família ou da empresa
Abrir as informações financeiras para um estranho
Receber opiniões para aplicação de recursos
Definir novos rumos para a organização
Controlar as ações administrativa dos sócios

Prazo de validade do conselho 
Validade de 02 anos ou quando houver necessidade em caráter excepcional

Forma de eleição
Livre votação entre os sócios da empresa

Informações quanto as pautas de reuniões
Via telefone ou e-mail

Preparação da empresa para receber o conselho
Estruturar a administração da empresa
Definir cargos, funções, salários e responsabilidades 
Definir processos internos 
Definir orçamentos
Elaborar controles financeiros e administrativos

Acompanhamento do trabalho dos conselheiros
Os conselheiros colhem e analisam os dados no dia da reunião
Após essa análise cria soluções de melhorias que podem ser definidas no ato da reunião ou dependendo da complexidade do problema exposto pode ser marcado uma nova reunião para que sejam definidos e aplicadas as decisões
É preciso acompanhar o processo para ver se as metas e decisões impostas estão sendo aplicadas.

Avaliação dos conselheiros
Frequência nas reuniões
Participação na resolução dos problemas apresentados
Assertividade nas decisões
Dedicação para solucionar os problemas apresentados
Cumprimento de metas e objetivos


A formalização de um conselho de administração deve ser acompanhada de um advogado especializado no assunto e de um contador para cuidar das questões legais a fim de proteger o patrimônio familiar. 

Marcelo Garcia

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Sistema de informação gerencial 
Independente do porte ou segmento de atuação todas as empresas precisam manter seus dados atualizados, principalmente no que tange a área financeira, esses dados quando bem elaborados e transformados em informações permitem análises rápidas e assertivas criando melhores condições de gestão e planejamento.   

“Uma empresa sem estratégia faz qualquer negócio. ” Michael Porter

Para os micros e pequenos empreendedores que não possuem recursos financeiros é possível utilizar de forma paliativa as planilhas elaboradas em Excel, esse tipo de ferramenta oferece mecanismos que permitem controlar praticamente toda a operação de um pequeno negócio auxiliando o gestor na administração e na tomada das decisões estratégicas.  

O ponto forte e principal diferencial é que por ser elaborado em planilhas Excel não há custos com mensalidades, manutenções e infraestrutura de hardware evitando despesas onerosas que prejudicam o desempenho empresarial.  

Principais vantagens: rápido acesso aos relatórios e informações gerenciais; gráficos que facilitam a leitura e interpretação; torna o negócio mais competitivo, uma vez que a empresa possui dados mais precisos; melhora alocação dos recursos financeiros; permite diversas possibilidades de customização e controles, além de uma série de outros benefícios. 

Principais desvantagens: demanda conhecimentos específicos, maior tempo operacional e não há interligação das informações entre os subsistemas da empresa. 

“O Excel é uma ferramenta impressionante para quem precisa de planilhas customizadas com análises rápidas e dinâmicas".

Considerando as vantagens e desvantagens descritas, além de facilitar a gestão, os controles elaborados em Excel podem servir de base com informações importantes para um futuro processo de informatização quando a empresa começar a crescer, pois os principais softwares do mercado possuem ferramentas de importação desses dados.

Não importa como são elaborados, o importante é ter os principais controles gerenciais em mãos de forma rápida e precisa a fim de mitigar riscos, evitar fraudes e facilitar o planejamento.

“Para ter um negócio de sucesso, alguém, algum dia, teve que tomar uma atitude de coragem. ” Peter Drucker



Fonte: Marcelo Garcia 
CEm momentos de crise, muitos negócios tendem a desaparecer
A instabilidade financeira sem precedentes que atingi o Brasil prejudica o desenvolvimento econômico e traz mais uma série de consequências negativas para o país fechando milhares de empresas e postos de trabalho deixando milhões de pessoas desempregadas, porém a crise não é a única responsável pelo mau desempenho corporativo, é preciso voltar o olhar para dentro e analisar o que realmente está acontecendo. A má gestão pode ser  mais letal que uma crise.
Muitas empresas passam por sérias dificuldades simplesmente pelo fato de não fazerem a lição de casa, ou seja, os gestores não estão preparados para enfrentar as adversidades, falta planejamento, inovação, desenvolvimento de novos produtos, organização, valorização da equipe, fidelização de clientes etc..., outro detalhe importante muitas vezes negligenciado é o caixa. Retirar dinheiro da empresa sem planejamento para bancar as despesas pessoais dos sócios pode sangra-la mortalmente deixando a fadada ao fracasso. Vale salientar que não é errado usufruir do resultado do trabalho, pelo contrário, é justo, mas há de se pensar muito antes de mexer no caixa, mesmo quando os resultados são positivos.
“A crise obriga a empresa a ter foco. A prosperidade, não. ” James Collins
É comum ver empresários em tempos de fartura negligenciar a gestão ou se envolver  de tal maneira com o operacional que acabam esquecendo sua principal missão enquanto líder que é pensar estrategicamente no futuro e perenidade dos negócios e isso inclui preparar a empresa para enfrentar os obstáculos, crises e as ameaças sejam internas e externas.
“Os grandes navegadores devem a sua reputação aos temporais e tempestade” Epícuro
É realidade que em momentos de crise muitas empresas tendem a desaparecer, milhares de postos de trabalhos são fechados, por outro lado há também boas notícias, pois na crise surgem as grandes oportunidades de novos negócios. Vai sobreviver quem estiver melhor preparado!
E a sua empresa está preparada para enfrentar as adversidades do mundo corporativo? 
 “Não espere por uma crise para descobrir o que é importante em sua vida”

Marcelo Garcia

terça-feira, 23 de maio de 2017

Gestão Estratégica de Compras 

O gerenciamento de compras para ser eficaz precisa do apoio e o comprometimento de todos os subsistemas da organização, sendo que um de seus objetivos é a redução de custos tornando a empresa mais rentável e competitiva frente aos concorrentes.
É de responsabilidade da área escolher os melhores fornecedores e para que todos tenham uma diretriz a seguir faz-se necessário elaborar uma política formal onde deverá constar todas as regras, normas e procedimentos adotados nas negociações.
A política deverá conter o passo a passo da negociação, principalmente no que tange a ética de não permitir que seus colaboradores recebam "propinas" muitas vezes disfarçadas em forma de presentes.
A imprensa vem destacando diariamente em seus noticiários as ações de corruptos e corruptores deixando claro que esta é uma prática habitual dentro das organizações, sejam elas grandes ou pequenas, públicas ou privadas. É possível que neste exato momento a sua empresa esteja sendo vítima da ação de fraudadores, por isso a importância de definir uma política e criar meios de acompanhar o cumprimento das normas.

"A corrupção é como o câncer: quanto maior a demora em estabelecer o diagnóstico e iniciar o tratamento, menores são as chances de cura". Alcione alves.

A alta administração em conjunto com a equipe de compras deverá definir como serão os processos e então delinear para que seja do conhecimento de todos. Em hipótese alguma essas regras deverão ser engessadas devendo ser revista periodicamente ou sempre que houver fatos relevantes que envolvam a área ou o segmento.  
Esse tipo de estratégia visa proteger o patrimônio da empresa e consequentemente garantir negociações mais saudáveis, ações como: definir em que período as compras serão realizadas; quantidade mínima de cotações; regras de exclusão de fornecedores; envolver todas as áreas da empresa para programar com antecedência o planejamento de compras; manter atualizados os custos dos principais produtos; monitorar e trabalhar com estoque mínimo de segurança; definir alçadas de compras; definir os casos em que serão necessários a elaboração de contratos; manter o cadastro de fornecedores sempre atualizadas: definir quem serão os responsáveis por autorizar e assinar as ordens de compras; realizar auditorias periodicamente e manter sempre as informações em sistemas de fácil acesso.
Quando se trata de parcerias comerciais é preciso priorizar as empresas que possuem ilibada idoniedade, também é importante saber se o fornecedor homologado será capaz de hontar os compromissos assumidos garantindo produtos de qualidade, preços e prazos de entregas.
Além de atender os requisitos descritos o parceiro deverá ter um excelente Pós-Venda para sanar com agilidade os problemas e dúvidas que por ventura venham a surgir. De nada adianta fechar um excelente negócio que não é honrado.
Dominar técnicas de negociações é fundamental, o negociador precisa conhecer muito bem a cultura interna, bem como os detalhes dos produtos cotados, neste momento a empresa tem papel relevante de oferecer treinamentos específicos, inclusive sobre ética.

"Chamamos de ética o conjunto de coisas que as pessoas fazem quando todos estão olhando. O conjunto de coisas que as pessoas fazem quando ninguém está olhando chamamos de caráter". Oscar Wilde.

Independente do porte ou segmento a gestão de compras não pode ser negligenciada, pelo contrário, precisa ser profissionalizada com regras claras e muito bem definidas, os negociadores precisam estar sempre atualizados e preparados a fim de mitigar riscos com negócios mal conduzidos que geram enormes prejuízos levando empresas ao fracasso.

"O segredo de um grande negócio consiste em saber algo que ninguém mais sabe" Aristóteles Onassis.

Fonte: Marcelo Garcia 

quinta-feira, 6 de abril de 2017


Como esta tarefa aparentemente chata pode salvar o seu negocio 

São Paulo – O desejo de abrir um negócio próprio geralmente é acompanhado de muitos sonhos: ser seu próprio chefe, trabalhar quando quiser e fazer a empresa ser do seu jeito são alguns deles.

Porém, a vida de um empreendedor é menos deslumbrante do que se costuma pensar – e muitos acabam se afundando em prejuízo por pensar mais nos holofotes e nas paixões do que na viabilidade da sua ideia de negócio.

Se você está nessa situação, sabe que é preciso virar o jogo, e para ontem. Essa mudança de atitude passa por uma tarefa que parece ser sinônimo de atividade chata e feita só por empresas grandes: governança.

Apesar do susto inicial, o termo serve para qualquer negócio e se traduz em ações bem simples. “Governança corporativa é a forma como uma empresa se relaciona com os diferentes públicos dela, internos e externos: acionistas, consumidores, fornecedores, funcionários e até mesmo o meio ambiente”, explica Ana Novaes, economista e membro da CFA Society Brazil.

Isso é importante porque, ao manter um bom relacionamento dentro e fora do negócio, é possível tomar melhores decisões (e sobreviver).

“A governança é algo muito ligado ao processo decisório: é formalizar resoluções de acordo com o interesse dos sócios, melhorar os controles e estabelecer relações de hierarquia”, explica Rafael Mingone, sócio-diretor da RMG Capital, que desenvolve soluções de governança corporativa.

“Os empreendedores se focam muito nas atividades do dia a dia e se esquecem de pensar em longo prazo. É preciso perceber o cenário à sua volta, reinventar seu modelo de negócio e, assim, continuar fazendo parte desse cenário. Você pode, assim, buscar alternativas de capitalização em longo prazo no mercado de capitais: fusão e aquisição; reestruturação de dívidas; aproximação com fundos; e até um IPO.”

Essa necessidade de buscar novas alternativas de financiamento é cada vez mais importante, diante do longo período de crise econômica no país.

“Cada vez mais o mercado começará a exigir o trabalho de verificar os riscos corporativos e se antecipar a eles, inclusive na hora de fazer um investimento no seu negócio. Não dá mais para o empreendedor achar que governança é um custo acessório, e só se preocupar com isso quando a situação piora”, afirma Luciano Bordon, líder de consultoria de governança corporativa da Grant Thornton.

A necessidade de ter harmonia de decisões tomadas na empresa está bem clara: só assim seu negócio poderá sobreviver, seja em termos de financiamento ou de saúde na relação com todos envolvidos no empreendimento. Porém, como fazer isso na prática?

Especialistas ouvidos por EXAME.com elencarem algumas tarefas comuns que passam pelo processo de ter uma boa governança corporativa até na menor das empresas. Confira:


1 — Analise sua empresa com uma lupa – e peça ajuda, se necessário


Todos sabem que uma grande empresa se divide em diversas áreas: comercial, financeiro, jurídico e recursos humanos, para citar apenas alguns exemplos.

Em uma pequena empresa não é muito diferente – há as mesmas áreas, mas elas são menores e pedem menos funcionários. Mesmo com a diferença de escala, o cuidado deve ser o mesmo se você quer que seu negócio sobreviva por muitos anos mais.

Mas como saber onde melhorar? Se você não encontrar as respostas dentro de você ou da sua equipe, é possível contratar um consultor externo para fazer um diagnóstico completo da sua empresa: de relação entre os sócios até o cumprimento das obrigações tributárias.

Esse olhar com lupa deve ser feito tendo como base um grande questionamento: onde você quer estar no curto, médio e longo prazo? Só assim é possível montar um plano de negócios e, então, medir quão longe seus controles e processos estão do necessário para cumprir as metas e objetivos traçados. Por fim, vem um processo de mentoria.

“Com todo esse processo consultoria, é possível passar dos mentores externos, que trazer credibilidade ao seu negócio, para a inclusão de pessoas destacadas dentro da empresa, em uma etapa futura. Isso pode incluir até seu futuro sucessor”, explica Daniel Maranhão, líder de consultoria tributária da Grant Thornton.


2 — Crie conselhos e comitês, para decisões harmoniosas


Depois de uma boa análise dos prós e contras da sua empresa, é possível estruturar grupos para pensar em como cada parte do negócio pode se desenvolver mais (incluindo as partes que já vão bem). Eles ajudarão sua gestão, indicando as melhores práticas em cada segmento da empresa tanto para o dia a dia quanto para estratégias em longo prazo.

Novamente, talvez você ache interessante incluir pessoas de fora do negócio – especialmente se seu empreendimento não conta ainda com muitos funcionários. “Os conselhos ou comitês podem ser compostos por pessoas da própria organização, como gestores e funcionários, quanto especialistas externos pessoa física ou pessoa jurídica, caso o empreendedor tenha uma operação mais enxuta”, explica Bordon, líder de consultoria de governança corporativa da Grant Thornton.

Pode parecer algo óbvio a reunião entre membros para a tomada de decisões coletivas. Mas não é – especialmente se seu negócio for uma empresa familiar, como muitas pequenas empresas são.

“É fácil falar na teoria, mas na prática é mais difícil se sentar e discutir com os sócios, quando cada um tem seu interesse”, completa Maranhão, também da Grant Thornton. “O que é importante é quebrar a ideia de que o fundador tem que ser o melhor sempre. Ele deve ser uma pessoa mais aberta para a ajuda, porque isso é que dá perenidade ao negócio. Mais mentes pensando geram soluções mais bem fundamentadas.”


3 — Adeque seus contratos para essa nova realidade


Depois de arrumar a casa com uma boa consultoria, é hora de formalizar as mudanças.

Em termos mais jurídicos, isso significa rever o Acordo de Acionistas e discutir os papéis de cada sócio – o que pode pedir uma reestruturação societária. O Estatuto Social, espécie de documento de identidade da sua empresa, também pode sofrer alterações.

Mas, mais do que mudanças técnicas, a formalização das mudanças envolve também a adoção comportamental de novos hábitos. “É preciso criar a rotina das reuniões entre sócios, o conselho de família, o conselho consultivo e demais áreas. Em especial, devemos ter atenção com os controles, gestão financeira e contabilidade”, explica o consultor da RMG Capital.


4 — Já se acostumou? Chame uma auditoria e faça a prova de fogo


Depois que um tempo se passar e seu negócio tiver incorporado as práticas daquela primeira consultoria, é hora de passar por mais uma prova de fogo: uma auditoria, que analisará ainda mais a fundo seu empreendimento, incluindo suas demonstrações contábeis.

Por que sua empresa se submeteria a mais uma provação? Porque é mais uma chance de garantir a qualidade do seu negócio – o que pode ser útil em tempos mais difíceis, como os atuais. “Isso dá uma enorme segurança, e não apenas para os donos. É importante para bancos e, no fim, para qualquer investidor interessado na empresa”, explica Mingone, da RMG Capital.


5 — Revisite sua missão inicial e elabore um código de conduta


Após tudo isso, sua empresa já deve estar bem ciente de quais são suas metas e objetivos – e como ela planeja alcançá-los. Por isso, a última etapa é repassar tais ideais para os novos integrantes da equipe, por meio de um Código de Conduta.

“Vocês tratam seu fornecedor da mesma forma? E o atendimento ao consumidor, como é? Todo mundo consegue perceber o que é uma boa governança: por exemplo, quando o cliente pede ao ponto e o bife chega ao ponto; e, se não chegar, sempre haverá a troca imediata”, exemplifica Novaes, da CFA Society Brazil.

“A governança está em todos lugares; a complexidade da governança é que irá variar. Às vezes, as pessoas praticam governança e nem sabem. Se você tem uma empresa bem gerida, com todos satisfeitos e adotando as regras propostas, ela possui uma boa governança corporativa.”

Exame.com