Incorporação das boas
práticas da governança corporativa em pequenas e médias empresas
Independente do porte, segmento ou
tempo de atividade todas as empresas podem e devem incorporar as boas práticas
de governança, mesmo que no início seja de maneira informal preparando uma base
sólida e transparente para o futuro.
Antes
de iniciar o processo é imprescindível fazer um diagnóstico organizacional levando em
consideração a realidade, limitações e individualidades internas para só então
dar os primeiros passos. Para as empresas que não possuem recursos financeiros
é possível se adaptar de acordo com as suas condições e necessidades, algumas ações não têm custo e podem ser implantadas com
facilidade elevando a qualidade da gestão, outras requerem maturidade,
planejamento e um determinado grau de investimento. É importante que todo o
processo seja conduzido de forma planejada, transparente e objetiva para que
não corra o risco de ser interrompido de forma prematura. Também é preciso
contar com o apoio e o envolvimento de todos do mais alto ao mais baixo
escalão, principalmente da família, sócios e herdeiros.
Principais
ações:
- Formar um conselho
consultivo com profissionais especializados internos e/ou externos
das atividades-fim.
- Elaborar indicadores de
performance a fim de monitorar a eficiência da gestão.
- Preparar relatórios de
gestão com informações claras, tempestiva e seguras.
- Definir regras para
contratação de gestores.
- Separar gestão, família
e propriedade.
- Definir
valores de pró-labore.
- Estruturar um plano
sucessório para o principal gestor e para os cargos chaves, contendo
regras claras e transparentes.
- Criar políticas, normas
e procedimentos internos a fim de padronizar as atividades e mitigar
riscos .
- Realizar periodicamente
auditorias com auditores internos e externos.
- Analisar de forma
sistêmica as opções de investimentos e captação de recursos financeiros.
- Auditar com auditores
externos as Demonstrações Financeiras.
- Criar um comitê interno
para tratar de assuntos relacionados a sustentabilidade.
- Estabelecer meios de
comunicação interno e externo a fim de prover as principais informações
corporativas.
- Definir ou ajustar de
acordo com a realidade da empresa a missão, visão e valores.
- Gerar uma cultura
interna de visão a longo prazo definindo metas mensuráveis e alcançáveis.
- Definir a estrutura
organizacional contendo cargos, salários, responsabilidades e
subordinações.
- Estabelecer políticas
transparentes para contratações, promoções, demissões e aumentos salariais
a fim de evitar erros de subjetividade, sentimentalismo e apadrinhamentos.
- Criar ações
motivacionais para que os colaboradores possam sentir orgulho do lugar
onde trabalham e para que todos sintam vontade de crescer e se desenvolver
internamente.
- Promover ações e políticas
internas de recursos humanos a fim de valorizar a boa convivência entre os
colaboradores e familiares.
- Elaborar periodicamente
pesquisas de clima organizacional para conhecer a percepção que os
colaboradores estão tendo em relação a gestão, empresa, sócios e colegas
de trabalho.
- Propiciar a equidade
entre todos e garantir que a diversidade será respeitada dentro e fora da
organização independente da cor, credo, etnia ou opção sexual punindo os
casos de discriminação e preconceito
Com
o agravamento da crise financeira e a falta de ética na gestão das instituições
públicas e privadas fica claro a necessidade de estabelecer ações voltadas ao
controle e monitoramento das atividades. O nome da família, a empresa e o
patrimônio devem ser preservados acima de tudo a fim de manter a confiabilidade
do mercado e a perenidade dos negócios.
“Para
ter um negócio de sucesso, alguém, algum dia, teve que tomar uma atitude de
coragem”. Peter Drucker
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